Família tenta a mais de um mês trazer o corpo da modelo para o Brasil após ser morta por policiais na Califórnia.
Em 30 de janeiro deste ano, Gleise Graciela Firmiano (30), foi morta nos Estados Unidos durante uma abordagem policial. Desde então, a família tenta arrecadar cerca de R$ 75 mil para trazê-la para o país.
Segundo matéria do Jornal Extra, o corpo da modelo continua na cidade de San Bernardino, na Califórnia, aguardando os familiares buscarem, porém a família não tem condições financeiras para trazer a alagoana de volta ao seu país.
De acordo com as informação R7, a modelo brasileira morava nos Estados Unidos há oito anos e namorava um ex-militar chamado Daniel. Ao relatar para a família da modelo o que aconteceu, o rapaz disse que no dia eles tiveram uma discussão e Gleise saiu de carro. Logo depois ele percebeu que a mesma havia levado sua arma.
Ele acabou acionando a polícia que localizou a modelo em uma trilha perto da casa do casal e acabou sendo morta após receber disparos com as armas de choque das autoridades. Em nota, a polícia americana afirmou que a brasileira atirou primeiro nos policiais que reagiram em legitima defesa. Mas a família de Gleise não acredita nessa versão.
Segundo a irmã de Gleise, Cleane Firmiano, a versão dada pela polícia é divergente, pois primeiramente informaram que a modelo não tinha atirado contra os policiais, estando apenas com a arma em mãos durante a abordagem. Após a repercussão do caso, foi dito outra versão na qual a brasileira havia atirado contra os policiais que revidaram com a arma de choque (Taser).
Cleane também desabafa sobre a dificuldade em conseguir trazer a irmã de volta para o país, pois, ao entrar em contato com o consulado de Los Angeles, para tentar reaver o corpo, foi dito que precisavam entrar em contato com o governo brasileiro. A mulher entrou em contato com o Itamaraty que afirmou que não era responsabilidade deles.
Para UOL, o Itamaraty afirmou que presta a “assistência cabível” à família de Gleise e negou que tenha a responsabilidade do translado do corpo damodelo, pois não há recursos do orçamento público para o pagar o procedimento.
Brasileiro morre na França e família tenta trazer corpo
Um caso semelhante aconteceu com a família de Eduardo Fialho Martins (32), que luta para trazer o corpo do rapaz que está na França, desde 23 de janeiro deste ano. A família estima um custo de mais de R$ 100 mil para o translado.
De acordo com Uol, Eduardo foi diagnosticado com pneumonia em estado avançado e toxoplasmose, uma infecção causada por um protozoário encontrado nas fezes de gatos. O irmão mais velho do rapaz, Leandro Fialho, contou que o rapaz estava na Europa há quase seis anos, sendo dois anos em Portugal e o tempo restante na França.
O rapaz estava morando na cidade de Vénès, a 695 km de Paris, trabalhando em um frigorífico, quando foi internado no dia 30 de dezembro. Ele foi diagnostico com um coágulo na cabeça e, em 19 de janeiro, saiu o diagnóstico de toxoplasmose.
Segundo o Leandro, o rapaz dizia que quando melhorasse ira voltar para o Brasil. Os familiares, que não o vem há mais de seis anos, desejam que o corpo venha intacto para Minas Gerais, e se recusam a cremar e trazê-lo em uma urna.
A família, que já entrou em contato com o consulado brasileiro na França, ofereceu ajuda em relação a burocracia para o translado do corpo, mas não pagam as despesas do procedimento. A prefeitura de Tarumirim, onde reside a família de Eduardo, se disponibilizou a ajudar e já entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores, porém ainda não teve nenhum retorno da instituição.
A cidade na qual Eduardo foi internado, já emitiu a certidão de óbito do rapaz e agora a família tem receio que o processo demore, inclusive na arrecadação do dinheiro, além do medo de que o governo francês decida cremar o corpo do rapaz no país.