O coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB), Roberto Antônio Perdiza, foi morto há mais de quatro meses. O crime foi premeditado por uma garota de programa que assumiu sua identidade para ocultar o ato.
O caso aconteceu em agosto do ano passado, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, mas foi revelado para o público, no último domingo (26), pelo programa Fantástico, da rede Globo.
Jerusa, que não teve seu nome completo não foi divulgado, teria contratado um matador de aluguel para matar o coronel e assumir sua identidade para que a família e amigos próximos do militar não percebessem seu desaparecimento, acobertando o crime.
De acordo com o portal Terra, o oficial Perdiza conheceu a garota de programa, Jerusa, em uma casa noturna em Natal, há pelo menos três anos. No desenrolar do relacionamento deles, o casal começou a morar junto em agosto de 2022. Após esse período, o militar não foi mais visto e quem percebeu seu desaparecimento foi o zelador do prédio onde ele morava, acionando a irmã do militar que mora no estado de São Paulo.
Após a ligação, familiares e amigos começaram a desconfiar do suposto sumiço de Roberto. Ao tentarem entrar em contato com o coronel, eles só conseguiam algumas respostas por meio de mensagens e recebiam fotos do coronel aproveitando a aposentadoria. De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), Jerusa enviava mensagens e imagens para parentes e amigos da vítima a fim de sanar desconfianças do desaparecimento dele.
![Coronel da FAB é morto por garota de programa e ela assume sua identidade para ocultar crime](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/03/IMAGEM-1-Materia-Coronel-da-FAB.jpg.webp)
Em setembro do ano passado, Jerusa começou a receber pessoas interessadas em comprar o apartamento de Perdiza. De acordo com a matéria do Terra, o imóvel está avaliado em R$ 250 mil, situado no Bairro Ponta Negra, área nobre de Natal, mas a mulher estava oferecendo por um valor menor, cerca de R$ 190 mil para conseguir vendê-lo mais rapidamente.
Os familiares começaram a perceber que o “sumiço” do militar continuava e a maneira de escrever as mensagens estava mudando, o que fez a família e amigos procurarem a polícia para verificarem a situação do coronel. Ao tentarem localizá-lo, Jerusa tentou despistar as autoridades afirmando que o Roberto havia ligado para ela e que estaria no Rio de Janeiro.
No decorrer das investigações, que estavam estagnadas durante três meses após a denúncia da família, a polícia teve uma nova pista ao encontrarem um corpo sem a cabeça e sem as mãos na cidade de Macaíba, a 27 km de Natal. Ao analisarem as imagens das câmeras de vídeos do condomínio em que o coronel morava, perceberam que se tratava da mesma pessoa.
Como aconteceu o crime
Segundo a apuração do Metrópoles, o crime aconteceu em 30 de agosto do ano passado. Roberto saiu de seu apartamento para se encontrar com Jerusa em um bar da localidade. Os dois acabaram indo para um motel, onde ficaram cerca de duas horas. Ao saírem do estabelecimento, eles pediram um carro de aplicativo e o militar foi morto a tiros pelo “motorista”.
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Ainda segundo Metrópoles, o motorista de aplicativo era na verdade o matador de aluguel, José Rodrigues, que foi contratado por Jerusa. Após o assassinato, José cortou a cabeça e as mãos do aposentado para dificultar a identificação do mesmo.
A mandante do crime, Jerusa, foi presa em dezembro do ano passado e vai responder pelo crime de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte e pode ser condenada a 30 anos de prisão. Já o matador de aluguel, foi preso em janeiro deste ano, e será indiciado pelos mesmos crimes de sua contratante.
Ainda segundo Metrópoles, o motivo do crime foi para que Jerusa ficasse com o apartamento de Rodrigo e o vendesse para ficar com o dinheiro. Os restos mortais do coronel foram levados para o interior de São Paulo por um avião da FAB para o enterro.