Chamada para verificar uma denúncia de criação irregular de porcos, a Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, encontrou, na tarde desta segunda-feira, um senhor de 50 anos trabalhando em condições análogas à escravidão.
De acordo com os agentes, o homem trabalhava em troca de abrigo e se alimentava a mesma comida servida aos porcos.
O caso aconteceu em Carlos Sampaio, localidade de Austin. O proprietário da criação ilegal foi levado para 58ª DP (Posse) onde foi preso em flagrante.
— Fomos chamados para verificar uma denúncia de criação ilegal de porcos e e encontramos esse senhor deitado num colchonete. Ele explicou que trabalhava cuidando dos porcos, e não recebia nada, era apenas em troca do abrigo. Vivia sem banheiro, só um buraco no chão e sem água. Ele, bebia água do curso d’água próximo. Ele comia a mesma lavagem que dava aos porcos, as condições eram péssimas — Carlos Januzzi, coordenador operacional da Guarda Ambiental de Nova Iguaçu.
![Homem trabalhava em troca de abrigo e comia lavagem dada a porcos em Nova Iguaçu](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/03/screenshot-2.webp)
Em nota, a Polícia Civil informou, citando depoimento de testemunhas, que “o funcionário vivia em um ambiente sem banheiro, sem uma das paredes, e era obrigado a comer a lavagem destinada à alimentação dos animais”. Ainda de acordo com os policiais, a prisão se justificou diante do fato de o proprietário “reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho”.
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O trabalhador libertado foi encaminhado foi encaminhado para um abrigo da prefeitura de Nova Iguaçu.
— É uma coisa que a gente tem que controlar a emoção na hora, encontrar um ser humano sendo tratado dessa forma é bem complicado — disse Januzzi.
Além da constatação de trabalho análogo à escravidão, o local onde os porcos eram criados clandestinamente foi interditado. Entre as infrações observadas estão: poluição do solo, contaminação de rio e maus tratos a animais. Há indícios ainda de abate ilegal de animais no local. As multas podem chegar a R$ 30 mil.
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