O repórter Felipe Sales, da NSCTV, se emocionou ao entrevistar o pai de uma das crianças assassinadas nesta quarta-feira (05). Entrando ao vivo, o jornalista não conseguiu segurar as lágrimas depois de ouvir o pai, que descreveu as últimas horas com o filho.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o repórter aparece tão emocionado que tem dificuldade de concluir a entrada ao vivo na afiliada da Globo em Santa Catarina. Engasgando com as lágrimas, ele pediu desculpas diversas vezes.
“Hoje ele chegou pela creche de manhã imitando um coelhinho. Eu e um amiguinho dele, a gente veio pulando de coelhinho. E é isso, cara, fazer valer a pena todos os momentos”, narra o pai. O repórter entra depois, com a voz embargada.
Ele diz: “Falou agora ao vivo com a gente, Patrícia, o pai do menino Bernardo. Bastante emocionado… Peço perdão. Bastante emocionado com a perda do filho, ele estava lá dentro buscando mais informações”, tentando se recompor
“Compartilhou que sabe que as pessoas em redes sociais estão pedindo a morte desse homem [o assassino], mas que ele, como cristão, jamais vai comungar desse tipo de pensamento. Que ele vai tentar se sobrepor a tudo isso”, prossegue.
E finaliza, voltando a ficar engasgado com o choro: “Há pouco ele compartilhava a última lembrança que tem do filho, que foi hoje pela manhã… peço perdão. Quando ele estava se deslocando aqui pra creche imitando um coelhinho”. Nesta quarta-feira (05), um homem matou quatro crianças em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina. Ele usou uma machadinha. O assassino se entregou e está preso. Confira:
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.