O adolescente suspeito de matar a menina Alice Oliveira de Moura, de 6 anos, na cidade baiana de Araci, que fica a 200 km de Salvador, disse que cometeu o crime porque a menina o irritava.
A informação foi divulgada pela família da menina, que foi enterrada na sexta-feira (7).
De acordo com Fernando Sampaio, primo do pai de Alice, o adolescente afirmou em depoimento à polícia que matou Alice porque a menina ia a todo instante na sua casa, brincar com a amiga, que é irmã do suspeito.
Segundo o suspeito, a presença constante da menina o irritava.
Ainda segundo a família da menina, a polícia passou a desconfiar do adolescente ao descobrir que ele estava sozinho em casa no momento em que a jovem foi até o local procurar a amiga.
Alice estava desaparecida desde quarta-feira (5), quando saiu de casa e avisou que iria brincar com a amiga. A mãe da menina registrou o desaparecimento na polícia, que iniciou as investigações.
O corpo da garota foi encontrado na quinta (6), por policiais civis da delegacia de Serrinha durante buscas, e foi achado enterrado nos fundos da casa do suspeito e da amiga de Alice. O corpo tinha um cinto amarrado no pescoço e um saco plástico na cabeça.
Após confessar o crime, o adolescente foi apreendido e levado para a delegacia de Serrinha, cidade localizada a 175 km de Salvador. Ele foi autuado por ato infracional análogo a homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Multidão acompanha enterro
Familiares e amigos se despediram da pequena Alice, na sexta-feira. O corpo da criança foi enterrado no Cemitério São João Batista, na cidade de Araci, que fica a 200 km de Salvador, onde a menina morava.
Uma multidão se reuniu em cortejo para acompanhar o sepultamento, que seguiu da casa de Alice até o cemitério.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.