A menina, agora com 15 anos, tinha sido sequestrada pela própria mãe, que não tinha sua custódia.
A família de Kayla Unbehaun a procurou durante longos 6 anos, depois que ela desapareceu de Chicago South Elgin, Illinois, nos Estados Unidos, em 2017, onde morava com o seu pai, Ryan Iserka.
Na época, a menina tinha apenas 9 anos, e a suspeita era de que sua mãe, Heather Unbehaun, tinha lhe sequestrado, pois não tinha a custódia dela e as visitas eram feitas somente com supervisão.
De acordo com as informações da CNN, no início de maio deste ano, porém, a menina foi reconhecida e encontrada em uma loja em Asheville, na Carolina do Norte, cerca de 1100 quilômetros de distância da sua antiga cidade. O desaparecimento de Kayla foi solucionado graças a um telespectador da série “Mistérios Sem Solução”, da Netflix, que assistiu o 9º episódio da 3º temporada, que contava o caso da menina, e a reconheceu.
A série documental mostra casos reais de desaparecimentos, assassinatos chocantes e ainda encontros paranormais. O episódio em questão visto pelo telespectador contava a história completa e sem solução de Kayla Unbehaun, e graças as imagens mostradas, ele conseguiu identificá-la e notificou um funcionário da loja, que chamou a polícia imediatamente.
Segundo as autoridades locais, a menina conseguiu se reencontrar com seu pai e agora, se encontra com ele em Illinois. Quanto à mãe da jovem, Heather Unbehaun, foi presa no mesmo dia, no Kane County Adult Justice Center, sob uma fiança de $ 250 mil dólares (cerca de R$ 1,2 milhões de reais), enquanto aguardava a extradição.
Segundo oporta-voz do Departamento de Polícia de Asheville, Samantha Booth, três dias depois da prisão, a Heather Unbehaun foi libertada sob fiança. O advogado do pai de Kayla comentou que era muito preocupante que ela tenha sido solta depois de ter sido fugitiva por seis anos. A próxima data do tribunal da mãe da menina está marcada no Centro Judicial do Condado de Kane, de acordo com os registros da prisão online.
![Desaparecida há 6 anos, menina é reconhecida e encontrada por telespectador de série da Netflix](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Menina-e-encontrada-apos-seis-anos-por-causa-de-serie-da-Netflix.png.webp)
Segundo a CNN, Ryan Iserka está muito feliz por ter a filha novamente em casa, e agradeceu à o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA e as agências por divulgar a busca da menina. Ele também agradeceu a página no Facebook criada especialmente para divulgar o desaparecimento de Kayla, que tinha mais de 6 mil seguidores. Além disso, ele pediu privacidade enquanto os dois estão se conhecendo novamente e iniciando uma nova história.
Relembre o desaparecimento de Kayla Unbehaun
No início de 2017, o pai de Kayla Unbehaun, Ryan Iserka, ganhou a custódia total da filha, com permissão da visita da mãe da criança, Heather Unbehaun, apenas de modo supervisionado. Segundo a CNN, o juiz do caso alegou que Heather estava interferindo com os problemas médicos e de saúde de Kayla, por isso, seria o pai o responsável por ela.
No dia 4 de julho daquele mesmo ano, a mulher foi buscar a filha para levá-la ao desfile e desapareceu. No dia seguinte, Ryan foi buscá-la, mas foi informado que as duas tinham ido a um acampamento e desde então, nunca mais voltaram ou teve notícias delas.
No dia 28 de julho de 2017, foi emitido um mandado de prisão por sequestro para a mãe da menina, segundo o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, que ajuda famílias a procurar crianças americanas que fogem ou que são sequestradas por parentes ou estranhos. As procuras não foram bem sucedidas, e em 2022, quase 360 mil relatórios de crianças desaparecidas foram feitas pelo FBI, procurando as características de Kayla em crianças mais jovens.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.