A modelo Aline Isole Faria, de 23 anos, foi encontrada morta com um tiro na cabeça em Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (24).
Segundo a Polícia Civil, o autor do feminicídio é o ex-namorado da vítima, um homem de 26 anos, que cometeu suicídio logo após o crime.
Aline trabalhava como modelo e influenciadora digital, realizando trabalhos de divulgação para lojas, e contava com mais de 30 mil seguidores nas redes sociais.
Conforme informações do programa Cidade Alerta, Aline e o jovem tiveram um relacionamento de dois anos e estavam separados há dois meses. A família da modelo relata que o namoro foi marcado por episódios de agressões, humilhações e até mesmo cárcere privado.
Na noite de quarta-feira, o homem atraiu a vítima para uma emboscada sob o pretexto de entregar o cachorro que possuíam em comum. Semanas alternadas, o cão ficava na casa de um dos donos. Aline chegou ao condomínio acompanhada de uma amiga, porém, o ex-namorado exigiu que ela subisse sozinha até o apartamento.
Durante o período em que estiveram juntos no imóvel, o suspeito deixou o som ligado em volume alto. Para a polícia, isso indica que o crime foi premeditado pelo autor, visando evitar interrupções durante o assassinato.
A mãe da vítima também compareceu ao local. Ao perceber a demora de sua filha, ligou para ela, mas não obteve resposta. Preocupada, decidiu subir ao apartamento e bater na porta várias vezes, porém, não foi atendida. Diante disso, resolveu acionar a Polícia Militar.
Após arrombarem a porta do imóvel, os policiais encontraram a modelo na cama de um dos quartos com um ferimento de tiro na cabeça. Próximo à vítima, os agentes também constataram que o ex-namorado havia cometido suicídio com dois disparos no peito.
A arma de fogo utilizada na ação e os celulares dos envolvidos foram apreendidos. O caso foi registrado como feminicídio e suicídio no 1° Distrito Policial de Guarulhos.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.