Uma mulher de 61 anos, que estava em tratamento contra o câncer, foi encontrada sem vida em sua residência, sete meses após ter desaparecido, na cidade de Mafra, em Santa Catarina, conforme informou a polícia. Não havia parentes próximos vivos da mulher.
A descoberta ocorreu quando um motoboy, responsável pela entrega de remédios à mulher, decidiu pular o muro ao perceber sua ausência prolongada. Ele conseguiu avistar o corpo da mulher através de uma fresta na janela.
Inicialmente, a Polícia Civil descartou a possibilidade de morte violenta, uma vez que o corpo estava em estado avançado de decomposição, conforme relatado pelas autoridades.
O registro de desaparecimento da mulher foi feito por uma assistente social do posto de saúde de Mafra, em 12 de abril deste ano, segundo informações da Polícia Civil. A mesma assistente social afirmou que não a via desde outubro de 2022.
Nesse estágio inicial, a polícia está trabalhando com a hipótese de morte natural, aguardando o resultado da necropsia para confirmar a causa e determinar o tempo em que ela estava sem vida. Um inquérito foi instaurado para investigar os detalhes do ocorrido.
A mulher de 61 anos que foi encontrada morta em casa sete meses após desaparecer, na cidade de Mafra, em Santa Catarina, chocou a população local e chamou a atenção para um problema que muitas vezes passa despercebido: o isolamento social dos idosos.
Segundo informações da polícia, a idosa fazia tratamento contra o câncer e não tinha familiares próximos vivos. Ela vivia sozinha em uma casa simples e não tinha contato frequente com vizinhos ou amigos. A única pessoa que mantinha contato com ela era a assistente social do posto de saúde local, que foi quem registrou o boletim de desaparecimento.
O fato de a idosa ter sido encontrada apenas por acaso, por um motoboy que entregava remédios a ela, mostra como é importante estar atento aos idosos que vivem sozinhos e têm poucos contatos sociais. Muitas vezes, essas pessoas ficam invisíveis para a sociedade e acabam sendo vítimas de abandono e negligência.
Além disso, o caso da mulher de 61 anos também levanta questões sobre o acesso aos serviços públicos de saúde e assistência social. Se ela estava em tratamento contra o câncer, por que não havia um acompanhamento mais próximo por parte dos profissionais de saúde? Por que não havia uma rede de apoio para ajudá-la nas atividades diárias?
Essas são perguntas que precisam ser respondidas para evitar que casos como esse se repitam no futuro. É preciso investir em políticas públicas que garantam o acesso à saúde e à assistência social para todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, como os idosos.
Além disso, é importante que a sociedade como um todo se mobilize para combater o isolamento social dos idosos. Muitas vezes, essas pessoas têm muito a contribuir com a comunidade e podem ser fontes de sabedoria e experiência para as gerações mais jovens.
Por isso, é fundamental que as pessoas se aproximem dos idosos que vivem em suas comunidades e ofereçam ajuda e companhia. Uma simples visita ou conversa pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa que vive sozinha e se sente esquecida pela sociedade.
O caso da mulher de 61 anos que foi encontrada morta em casa sete meses após desaparecer é um alerta para todos nós. Precisamos estar atentos aos idosos que vivem ao nosso redor e garantir que eles tenham acesso aos serviços públicos e à rede de apoio necessária para viver com dignidade e qualidade de vida.