No sábado, dia 27, a Polícia Federal (PF) prendeu uma pessoa no Pará que estava prestes a embarcar em um avião pertencente à Igreja do Evangelho Quadrangular, transportando 290 quilos de skunk, uma forma concentrada de maconha.
A abordagem dos agentes da PF ocorreu pouco antes da decolagem da aeronave monomotor, no hangar de voos particulares do aeroporto internacional de Belém.
O indivíduo foi autuado em flagrante por tráfico interestadual de drogas. O piloto, porém, não foi preso, pois não foi confirmada sua participação no crime, conforme relatado pela PF. A aeronave e o celular do suspeito foram apreendidos.
Em um comunicado oficial, a Igreja do Evangelho Quadrangular assumiu a propriedade do avião e expressou surpresa com o envolvimento do monomotor Bonanza em um transporte não autorizado. Ao tomar conhecimento da situação, a Igreja do Evangelho Quadrangular do Estado do Pará acionou imediatamente a Polícia Federal, conforme mencionado na nota.
Segundo informações de inteligência obtidas pela PF, foi identificado um carregamento de entorpecentes com plano de voo para Petrolina, em Pernambuco. A corporação afirma que, a partir de informações do serviço de inteligência, descobriu que havia um carregamento de entorpecente com plano de voo para o município pernambucano de Petrolina (a 713 km do Recife).
Minutos antes do horário programado para decolagem, às 7h30, o responsável pela droga foi abordado enquanto caminhava do pátio em direção à aeronave. Ao perceber a presença da polícia, tentou fugir do aeroporto, mas foi alcançado.
A droga ocupava todo o espaço disponível na aeronave, além dos assentos destinados ao passageiro e ao piloto. Detalhes sobre as circunstâncias do crime serão investigados por meio de um inquérito aberto.
“O homem foi autuado em flagrante por tráfico interestadual de drogas. O piloto não foi preso, pois não foi verificada participação dele no crime. A aeronave foi apreendida, assim como o celular do preso”, afirmou a PF.
Detalhes do caso devem ser investigados a partir de um inquérito aberto. A identidade do suspeito não foi divulgada.
O que é a “supermaconha”?
A “supermaconha” é um termo frequentemente usado para descrever uma forma altamente concentrada e potente de maconha, que geralmente contém níveis muito elevados de THC (tetra-hidrocanabinol), o principal composto psicoativo da cannabis. Essa forma de maconha é conhecida por ter uma potência significativamente maior do que as variedades tradicionais da planta.
A supermaconha é produzida através de técnicas de cultivo e processamento avançadas, que visam aumentar a concentração de THC na planta. Isso pode ser alcançado por meio de cruzamentos seletivos de diferentes variedades de cannabis, uso de fertilizantes específicos, controle preciso de fatores ambientais, como luz, temperatura e umidade, e métodos de colheita e secagem cuidadosos.
Uma das formas mais conhecidas de supermaconha é o skunk, que é produzido a partir de variedades híbridas de cannabis com alto teor de THC. O skunk é caracterizado por seus botões de flores densos e resinosos, que possuem um aroma forte e distintivo.
Devido à sua potência, a supermaconha pode apresentar efeitos mais intensos e duradouros em comparação com variedades de maconha comuns. Isso pode incluir efeitos psicoativos mais intensos, como euforia, alterações na percepção sensorial, aumento do apetite e relaxamento muscular. No entanto, também pode aumentar o risco de efeitos colaterais indesejados, como ansiedade, paranoia e problemas de memória.
É importante destacar que o uso de qualquer forma de maconha, incluindo a supermaconha, pode ter efeitos diferentes em cada indivíduo e apresentar riscos à saúde, especialmente quando usado em excesso ou por pessoas sensíveis aos efeitos psicoativos da substância.