A mãe de Emanuel de Oliveira Lima Leite, um jovem de 18 anos que foi esquartejado em Entre Rios, na divisa da Bahia com Sergipe, expressou confiança no sistema judiciário e falou sobre a falta que seu filho faz nos primeiros dias de luto.
“Ele na sua leiga inocência, acabou deixando se levar pela falsa amizade. A falta do meu filho é muito grande, um vazio irreparável, que justiça e a lei humana jamais vai amenizar a dor que nós estamos sentindo”, disse Jildésia de Oliveira, mãe de Emanuel Leite.
De acordo com Jildésia Oliveira, o jovem possuía bom caráter, era solidário, comunicativo, seletivo em suas amizades e não costumava se envolver em farras mesmo com amigos.
“Nunca teve problema, desavença, confusão com ninguém. Era uma pessoa muito ativa, procurava estudar, super pesquisador, que tinha mil sonhos, mas que teve a vida ceifada por uma atitude brutal de uma pessoa que se dizia amiga, além de professor”.
A mãe de Emanuel ainda afirmou que espera que a justiça seja feita.
“Entrego nas mãos de Deus e acredito na justiça do homem. Ele se foi e quem ficou não pode ficar impune pela atitude brutal que cometeu contra um adolescente que estava apenas começando uma vida”, disse ela, abalada.
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O corpo do jovem foi sepultado na sexta-feira (26), em meio a uma forte comoção de familiares e amigos, na cidade de Cardeal da Silva, no nordeste da Bahia. A vítima foi encontrada no povoado de Umbaúma.
O sepultamento ocorreu após um cortejo que partiu do bairro de Nova Pastora e seguiu em direção ao cemitério municipal.
Dois dias após a descoberta do corpo, familiares e amigos de Emanuel Leite protestaram em busca de justiça em frente ao fórum de Cardeal da Silva.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante no mesmo dia, por destruição, subtração ou ocultação de cadáver.
Ele passou por audiência de custódia na sexta-feira (26) e teve a prisão relaxada pela Justiça. No entanto, ele foi novamente preso horas depois a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Durante o protesto, os participantes exibiram cartazes e exigiram a manutenção da prisão do suspeito, que, de acordo com a Polícia Civil, confessou o crime. A polícia está investigando o caso.
Segundo a família, Emanuel foi visto pela última vez em 21 de abril, quando saiu de casa para dar aulas de monitoria em uma escola estadual no município de Cardeal da Silva, onde residia. Ele entrou em contato com os familiares algumas horas depois por telefone, dizendo que voltaria para casa, mas não retornou.
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Em entrevista ao G1, a família do jovem afirmou que o suspeito do crime é um ex-professor da vítima. No entanto, os familiares desconhecem a motivação por trás do ocorrido.
“A gente clama por justiça, porque a gente sabe que ele é réu primário e pode não ficar preso. Foi um crime muito cruel. Emanuel era tranquilo e não brigava com ninguém”, relatou um parente, que preferiu manter sua identidade em sigilo.
A Polícia Civil ainda não confirmou se o homem preso é de fato um ex-professor de Emanuel, mas informou que solicitou sua prisão preventiva. A motivação do crime não foi divulgada.
Agentes da polícia identificaram partes de um corpo humano na localidade de Umbaúma, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Alagoinhas foi acionado para realizar a perícia, confirmando que o cadáver pertencia ao jovem.
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