As equipes de resgate estimam que o submarino, que está desaparecido desde o domingo (18), tenha menos de 24 horas de oxigênio restante para os cinco ocupantes a bordo. O equipamento tem capacidade para fornecer oxigênio aos ocupantes por até 96 horas, mas já se passaram mais de 72 horas desde que ele está no mar.
A comunicação com o submersível Titan, com 6,5 metros de comprimento, foi perdida cerca de duas horas após o início da descida em direção aos destroços do Titanic, que estão a quase 4.000 metros de profundidade, cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
No Titan estavam a bordo o bilionário britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, especialista nos destroços do Titanic; e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions.
O custo da expedição é de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por passageiro.
Barulho no fundo do mar
A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou hoje (21) que foram detectados “ruídos subaquáticos” na área de busca.
“Aviões canadenses P-3 detectaram ruídos subaquáticos na área de busca. Como resultado, as operações de um ROV (sigla em inglês para veículo operado de maneira remota) foram realocadas na tentativa de explorar a origem dos ruídos”, afirmou o Primeiro Distrito da Guarda Costeira dos Estados Unidos em um tweet.
Navios e aviões estão sendo direcionados para a área para reforçar a extensa operação de busca realizada pelas guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá.
O Pentágono anunciou o envio de um terceiro avião C130 e três C-17, além disso, um robô submarino fornecido pelo Instituto Oceanográfico francês será incorporado às buscas ainda hoje.
“Trata-se de uma busca muito complexa, e a equipe unificada está trabalhando sem descanso para pôr em andamento quanto antes os recursos e conhecimentos disponíveis”, disse o capitão da Guarda Costeira americana, Jamie Frederick, em uma coletiva de imprensa.
O ex-diretor de operações marítimas da OceanGate Expeditions, David Lochridge, que foi demitido por questionar a segurança do Titan, mencionou em um processo judicial um “projeto experimental e não comprovado” do submersível.