O coach Pablo Marçal abordou a morte de Bruno da Silva Teixeira, de 26 anos, durante uma “maratona surpresa”. Bruno era funcionário de uma empresa ligada ao grupo do coach e faleceu durante uma atividade da empresa. Durante uma transmissão ao vivo no Instagram, Marçal negou qualquer envolvimento na morte e afirmou que Bruno “escolheu isso”. “Ele tá melhor que vocês que estão conversando fiado, entendeu? Para de ser acusador, isso é um hábito de gente miserável, gente vítima”, declarou o coach.
Bruno estava programado para participar de uma maratona de 21 km, mas pouco antes do início da atividade, a distância foi dobrada para 42 km. Bruno conseguiu percorrer o trajeto, mas passou mal no meio do percurso e foi levado ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele sofreu uma parada cardíaca e veio a falecer.
Funcionários relataram que mudar os detalhes da corrida era comum em maratonas organizadas pela empresa.
A maratona em questão ocorreu em 5 de junho, e Bruno chegou a gravar vídeos para o Instagram mostrando seu cansaço. Em um dos vídeos, ele disse: “Onde eu fui me meter? Esse é o problema de estar com pessoas de alta frequência.” Em outro momento, ele mencionou sentir formigamento no pé e teve que acelerar o ritmo para alcançar os demais. “Eu precisei parar ali atrás para arrumar meu tênis, que estava apertado. Meu pé estava formigando”, contou.
Durante a transmissão ao vivo, Marçal afirmou que não havia se pronunciado anteriormente por “respeito à dor da família”. Ele pediu respeito pela morte de Bruno, que faleceu jovem, e destacou que muitas pessoas morrem diariamente de problemas cardíacos. Ele também mencionou que sua empresa estaria em luto por 70 dias em homenagem a Bruno.
“Se pudesse, gastaria milhões para esse cara não morrer”
O coach também rejeitou qualquer envolvimento com a morte, afirmando que estava em casa durante a corrida e que faria qualquer coisa para evitar a morte de Bruno. Ele ressaltou que as corridas são voluntárias e que ninguém é obrigado a participar.
“Ele escolheu isso, ele não corria com a gente, é um cara amado aqui por todo mundo, mas eu entendo vocês. Ele tá melhor que vocês que estão conversando fiado, entendeu? Para de ser acusador, isso é um hábito de gente miserável, gente vítima”.
Marçal alegou também estar sendo alvo de perseguição. Enquanto isso, a família de Bruno está pedindo uma investigação por parte das autoridades para descobrir quem sugeriu a “maratona surpresa”.
“Ele (Pablo Marçal) tá tentando se proteger e ficar de fora. Está nítido que ele sabe o que acontece dentro do complexo dele tanto que se manifestou dando entrevista. Nós confirmamos o registro de ocorrência, e o delegado disse que vai começar a ouvir os envolvidos. A expectativa que o delegado consiga fazer o trabalho dele e nos ajude a chegar a quem inventou essa maratona da morte”, afirmou Luciano, irmão de Bruno, em entrevista ao jornal O Globo.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo como uma “morte suspeita”.