Um caso de violência doméstica teve um desfecho positivo quando o filho de uma mulher, de apenas 10 anos, entregou uma carta de socorro na escola em Paraíso das Águas, no Mato Grosso do Sul. Após a direção da escola tomar conhecimento do pedido de ajuda, a polícia de Água Clara, cidade vizinha, foi acionada e prendeu em flagrante o suspeito na terça-feira (27).
Um pedido desesperado por socorro
A mulher vítima de violência doméstica escreveu uma carta de socorro e pediu que seu filho a entregasse à diretora da escola. No texto, ela descrevia a situação de abuso que estava enfrentando e relatava que seu companheiro a havia agredido novamente, inclusive agredindo também o filho quando ele tentou intervir.
“Bom dia, é a mãe do ***, estou entrando em contato com vocês porque preciso muito de ajuda. Sou vítima de violência doméstica. Ontem o meu companheiro me agrediu novamente, meu filho entrou na frente pedindo para ele não me bater e ele bateu no meu filho também”, relatou a mulher que estava sofrendo violência doméstica.
Ao receber a carta do menino, a diretora prontamente acionou a polícia e iniciaram-se as diligências para resgatar a mulher em perigo.
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Resgate e prisão do agressor
Com o apoio do Conselho Tutelar e da Coordenadoria da Mulher, as autoridades policiais foram até a área rural de Água Clara e encontraram a mulher em uma situação de cárcere privado, com evidências de violência doméstica. Na carta, a vítima relatava ter sido mantida em cativeiro e constantemente ameaçada pelo agressor.
“Ele me ameaçou de dar um tiro por isso preciso que me ajudem o mais rápido possível”, desabafou na carta.
Na fazenda onde ocorria o cárcere privado, a Polícia Civil prendeu o suspeito em flagrante por cárcere privado, além de posse e porte irregular de arma de fogo de uso permitido. Durante a operação, uma espingarda e munições foram apreendidas com o agressor.
A ação rápida das autoridades e o corajoso ato do filho em pedir ajuda foram fundamentais para o resgate da mulher e a prisão do agressor. A vítima agora terá a oportunidade de buscar a justiça e reconstruir sua vida longe da violência.
A história reforça a importância de estar atento aos sinais de violência doméstica e denunciar casos de abuso. É essencial que a sociedade, as instituições educacionais e as autoridades trabalhem em conjunto para combater essa realidade assustadora e oferecer suporte e proteção às vítimas.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.