O funcionário acusado de matar um colega de trabalho a tiros e ferir outro, ambos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foi encontrado morto na tarde desta quinta-feira (29) na cidade de São Simão, localizada a cerca de 300 quilômetros da capital.
Ricardo de Oliveira Dias, maquinista, foi localizado em uma estrada rural ao lado de uma motocicleta, apresentando marcas de tiros em seu corpo. O 2° Distrito Policial, responsável pelo caso, será encarregado de investigar a autoria do crime.
O suspeito estava sendo considerado foragido da Justiça após ter sua prisão temporária decretada. Durante as investigações, a polícia apreendeu mais de 2.000 munições na residência do funcionário da CPTM.
Ricardo foi policial militar por um ano, mas pediu exoneração da corporação em 2006. Segundo informações da Polícia Civil, ele decidiu abandonar a carreira após os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em maio daquele ano, quando mais de 500 pessoas foram assassinadas.
Relembre o crime
No domingo (25), Ricardo atirou contra o supervisor Marco Antônio da Silva, de 51 anos, e um segundo maquinista, de 53 anos, dentro do refeitório localizado na estação Luz, no centro da capital.
Segundo informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública), Marco Antônio foi socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia, porém não resistiu aos ferimentos. O outro funcionário foi encaminhado ao Hospital Santa Maggiore para receber atendimento médico.
Uma testemunha relatou à polícia que ouviu o atirador dizer “Eu quero ver você tirar sarro agora” antes de disparar contra o supervisor, que era responsável por fazer as escalas dos funcionários.
A delegada Maria Cecília Castro Dias, encarregada da investigação, considera a possibilidade de o crime ter sido premeditado. Ricardo deixou sua motocicleta estacionada em um estacionamento na região da Mooca, na zona leste da capital, antes de cometer o homicídio.