A pequena Isabela da Silva Nascimento, de apenas 1 ano e 11 meses, foi encontrada por volta das 20h desta segunda-feira (3), em uma rua da Vila Luzita, em Santo André, no ABC paulista. Ela foi localizada em bom estado de saúde três dias após ter sido sequestrada, na zona sul de São Paulo.
Conforme informações preliminares da oficial Brenda, soldado da 5ª Companhia do 10° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, um veículo de cor cinza abandonou a criança na via e partiu.
Uma moradora da rua avistou a criança e acionou o número de emergência 190. Enquanto as equipes se deslocavam, a criança recebeu alimentação.
A oficial Brenda informou ainda que Isabela não apresenta ferimentos e, até o momento, ninguém foi localizado ou detido.
Uma mulher que se aproximou da mãe de Isabela nas últimas semanas é considerada a principal suspeita de ter sequestrado a criança. A investigação também revelou que o crime foi planejado.
Investigação
Conforme o delegado Marcel Druziani, a mãe da menina, Evanisa, e sua família são originárias do estado da Bahia e se mudaram para a capital paulista há cinco meses.
Desde então, a mãe de Isabela vende balas no semáforo. Durante esse período, Evanisa conheceu Sandra, uma mulher que explorava a mãe e fornecia fraldas e itens básicos para Isabela e seu outro filho, de 9 anos.
Segundo informações da Polícia Civil, Sandra conquistou a confiança da mãe, que permitia que seus filhos brincassem com ela.
Na última sexta-feira (30), Sandra combinou um encontro com Evanisa, dizendo que lhe daria uma cesta básica. O local de encontro foi em um lugar onde elas não costumavam se encontrar.
Ao chegar, Sandra pediu à mãe para comprar cigarros em um bar. Quando Evanisa saiu do estabelecimento, Isabela já não estava mais com Sandra, e foi nesse momento que ela relatou o sequestro.
Na versão inicial da mãe, registrada no boletim de ocorrência, ela menciona três suspeitos: dois homens e uma mulher. Segundo seu relato, a mulher teria tirado Isabela de seus braços, e Evanisa também afirma ter sido agredida.
No entanto, de acordo com o delegado, a mulher mentiu na versão inicial por medo de relatar a verdade. Na realidade, a mãe não presenciou o momento em que a filha foi sequestrada.
Quem testemunhou o crime foi o filho de 9 anos de Evanisa, que estava junto com Sandra. Informalmente, o menino relatou que um carro cinza parou próximo ao local e duas pessoas, um homem e uma mulher, sequestraram a criança.
A Polícia Civil suspeita que o crime tenha sido planejado, devido ao ponto de encontro previamente combinado e ao fato de Sandra já ter mencionado que poderia ficar com Isabela.
Além disso, a polícia está investigando se o nome Sandra é fictício, uma vez que a mulher afirmou a Evanisa que trabalhava em um comércio próximo ao local onde ela vendia balas. No entanto, quando os policiais foram até a loja, não encontraram ninguém com o nome fornecido.
Evanisa também não possui o número de telefone nem o endereço residencial de Sandra. A filha está cadastrada em uma creche e costumava ficar com a mãe quando não estava em aula.
O filho de 9 anos será ouvido oficialmente pela Polícia Civil em um local apropriado para esse tipo de procedimento.