De acordo com o engenheiro José Luis Martín, em uma análise realizada para o site espanhol Nius, a tripulação a bordo do Titan, submersível da empresa OceanGate, pode ter detectado a iminente implosão aproximadamente um minuto antes do incidente ocorrido nas profundezas do Atlântico Norte.
Segundo o estudo, o veículo submersível afundou sem controle por um período de 48 a 77 segundos. Durante esse tempo, a tripulação já estaria ciente da possibilidade de implosão do submersível, que ocorreu momentos depois.
Segundo o especialista em submarinos, o Titan experimentou uma queda livre de aproximadamente 900 metros até a implosão, que ocorreu a uma profundidade de cerca de 2.000 metros.
Martín sugere que uma falha elétrica no início da descida pode ter desencadeado a perda de controle do submersível. O engenheiro descreve os momentos de falta de controle como uma experiência semelhante a um “filme de terror”.
“O Titan muda de posição e cai como uma flecha na vertical, porque os 400 kg de passageiros desequilibram o submarino. O medo e a agonia. Tinha que ser como um filme de terror”, explica o especialista. “Nesse período de tempo, eles estão percebendo tudo. E também em completa escuridão.”
O incidente resultou na perda de vida dos passageiros Shahzada e Suleman Dawood, Hamish Harding do Reino Unido, Paul-Henrri Nargeolet da França e Stockton Rush dos Estados Unidos.