A polícia emitiu um alerta urgente aos pais depois que imagens perturbadoras foram compartilhadas online. As imagens mostram adultos nadando tranquilamente em uma piscina, sem perceber que um menino de 7 anos estava se afogando. O incidente ocorreu em um complexo de apartamentos em Fenton, Michigan, nos Estados Unidos, no dia 20 de junho.
No vídeo angustiante, Griffin Emerson, de 7 anos, é visto lutando para manter a cabeça acima da água após remover suas braçadeiras infláveis. Os adultos, alheios ao perigo, continuaram nadando, deixando o menino submerso por quase um minuto.
Felizmente, Noah Roche, de 12 anos, e seu irmão de 8 anos, Weston Woods, notaram que Griffin estava em perigo e agiram imediatamente. Noah lembrou de ter visto Griffin no fundo da piscina e sentiu que algo estava errado.
“Eu o vi e simplesmente sabia que ele não estava bem. Eu o vi no fundo da piscina e não sabia se ele estava apenas brincando lá ou algo assim. Então eu apenas disse a Weston para entrar e mergulhar para ver se ele estava bem”, explicou Noah. Weston acrescentou: “Sua cabeça estava subindo e descendo. Eu sabia que ele não estava bem”.
Agindo rapidamente, Weston mergulhou, agarrou Griffin e o trouxe para a superfície antes de levá-lo para um local seguro. A mãe de Griffin, Sylese Roche, ligou para o serviço de emergência, relatando que seu filho havia ficado azul e parado de respirar.
Enquanto esperava pelo atendimento de emergência, ela realizou RCP em Griffin e conseguiu reanimá-lo com sucesso. Expressando seu medo durante a experiência, Griffin disse: “Eu estava com medo de me afogar. Parecia tudo estranho. Cuspi um pouco de água e pronto”, contou. Tom Kinczkowski, avô de Griffin, disse: “A maioria dos heróis não usa capas e são esses caras. Sem esses caras, ele não estaria aqui agora”.
O xerife Christopher Swanson, do condado de Genesee, elogiou Noah e Weston como os heróis do dia, destacando sua ação rápida. “Havia dois heróis que viram isso e sem o conhecimento de ninguém, eles pularam na piscina e pegaram o menino de 7 anos [e] o arrastaram para o lado. Aqui está a melhor parte — os dois socorristas têm 12 e 8 anos”, elogiou.
Após o incidente, o Gabinete do Xerife do Condado de Genesee compartilhou três dicas importantes com o público, enfatizando a importância de estar ciente do ambiente ao redor, ter habilidades de RCP e ensinar técnicas de natação às crianças.
Como prevenir afogamentos
Para evitar tragédias, é essencial tomar algumas precauções para proteger as crianças de situações perigosas na água. Confira!
Supervisão atenta
Lembre-se de que o afogamento acontece rapidamente, por isso a supervisão é fundamental. As crianças nunca devem ser deixadas sozinhas em praias, piscinas ou banheiras. Além disso, evite deixar recipientes com água ou outros líquidos onde a criança possa se afogar, pois apenas 2,5 cm de profundidade de líquido em um recipiente podem ser suficientes para causar um acidente. Isso também se aplica a crianças que sabem nadar bem.
Os pais devem manter uma supervisão intensa e evitar distrações, como o uso do celular. Também é recomendável fazer um treinamento de primeiros socorros, mesmo para aqueles que não trabalham na área da saúde.
Segurança nos banheiros
Os banheiros podem representar um dos ambientes mais perigosos para as crianças em relação ao risco de afogamento. Portanto, mantenha as portas dos banheiros sempre fechadas, as banheiras vazias e os recipientes, como bacias e baldes, vazios e virados para baixo.
Também é importante ficar atento ao vaso sanitário, que pode representar um perigo. Recomenda-se instalar uma trava na tampa do vaso sanitário, pois crianças que estão engatinhando ou já conseguem se levantar com apoio podem cair de cabeça dentro do vaso.
Uso de colete salva-vidas
Ao levar as crianças para a praia ou piscina, é importante lembrar que o uso de coletes salva-vidas é mais seguro do que as boias de braço. No entanto, tenha cuidado, pois o uso desses equipamentos pode criar uma falsa sensação de segurança. Portanto, mesmo com o uso dos coletes, as crianças nunca devem ser deixadas sem a supervisão de um adulto em piscinas e praias.
Piscinas cercadas
Os pais que têm piscinas em casa devem ter cuidado redobrado. As piscinas devem ser totalmente cercadas, sem aberturas, e ter uma altura de cerca de 1,5m, além de contar com pisos antiderrapantes ao redor. O mesmo tipo de cercamento deve ser feito para poços em casa, chácaras e sítios. Além disso, a piscina deve ser coberta com travas laterais seguras, que a criança não consiga abrir.
Matricule a criança em aulas de natação
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os bebês podem começar a fazer aulas de natação após os seis meses de idade. Nessa fase, o ouvido está em um estágio de desenvolvimento que reduz o risco de entrada de água e infecções, além de a criança já ter recebido as primeiras vacinas de imunização.
No entanto, as crianças nunca devem entrar na água sem supervisão, mesmo que saibam nadar bem. Também é importante lembrar que não é necessário uma grande quantidade de água para colocar as crianças em perigo.
Os afogamentos geralmente ocorrem silenciosamente. Fique atento aos sinais de alerta, como dificuldade em manter a cabeça fora da água, expressão de pânico ou medo e corpo na vertical com cabeça inclinada para trás e boca aberta, que é uma tentativa instintiva de continuar respirando.