Um policial militar de folga foi detido após matar a tiros um homem que trabalhava para a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) durante uma briga ocorrida na noite de quinta-feira (13) na região de Santana, zona norte de São Paulo.
A discussão começou depois que a faixa de trânsito, que estava sendo instalada pela vítima, escapou devido ao vento forte e quase acertou o suspeito, que passava de moto pelo local.
O PM, identificado como Hartur Bruno de Cicco, estava armado e ficou irritado com o incidente, retornando para confrontar os responsáveis pela instalação das faixas.
Segundo a Polícia Militar, os dois se envolveram em uma briga física e, em determinado momento, Alberes Fernandes de Lima, um dos trabalhadores, percebeu que Hartur estava armado e tentou desarmá-lo. O policial conseguiu se desvencilhar e efetuou disparos contra o homem.
Testemunha nega versão da PM
No entanto, Cauê, colega de Alberes que trabalhava junto com a vítima, nega essa informação. Após quase ser atingido pela faixa, o policial já desceu da moto xingando os dois.
Alberes teria respondido às ofensas, o que deu início à confusão. Após a briga entre Hartur e Alberes, o PM sacou sua arma e disparou contra o rosto do trabalhador, sem que ele tivesse tempo de se defender.
Alberes, atingido por um único tiro na cabeça, foi levado com vida ao Pronto-Socorro Municipal Lauro Ribas Braga, mas não resistiu aos ferimentos.
Cauê é a principal testemunha do caso. Um segundo motociclista também presenciou o crime, e Hartur foi preso em flagrante. O boné que Alberes usava ficou manchado de sangue com a marca do tiro.
A vítima, de 35 anos, deixou para trás quatro filhos. Ele não era técnico da CET, mas sim um funcionário de uma empresa parceira responsável pela instalação das faixas contratada para executar esses serviços.
Nesta sexta-feira (14), Hartur será submetido à audiência de custódia no TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
O caso foi registrado no 13° DP (Casa Verde) como homicídio doloso, quando há intenção de matar.