Na quarta-feira (26), o adolescente suspeito de ter cometido o homicídio de sua esposa, Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi apreendido.
O que aconteceu:
Conforme publicado pelo pai da vítima nas redes sociais, o jovem suspeito, que também tem 14 anos, foi apreendido em Vitória. O crime ocorreu na cidade de Guaratinga, situada a cerca de 702 quilômetros de Salvador.
“Eu quero agradecer o empenho da Polícia Federal nesse caso. Quero falar que eles foram presos pela Polícia Federal. Obrigado a todos vocês”, afirmou Hiago Alves, em um vídeo.
A informação também foi ratificada pelo delegado Eugênio Ricas, da Polícia Federal do Espírito Santo. Em suas redes sociais, ele expressou: “Mais um importante trabalho da Força Tarefa de Segurança Pública”.
Após o crime, testemunhas relataram que o adolescente fugiu na companhia do pai. O casamento dos dois tinha aproximadamente dois meses.
O crime
Hyara foi atingida por disparos na noite de 6 de julho. Embora tenha sido levada ao Hospital Maternidade Joana Moura, no centro da cidade, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
Os acompanhantes da jovem disseram no hospital que os tiros foram acidentais, mas os funcionários perceberam indícios de crime e acionaram a Polícia Militar. A versão inicial indicava que Hyara teria sido atingida enquanto realizava a limpeza de uma pistola.
A família de Hyara acredita que um suposto caso extraconjugal entre Ricardo Silva Alves, seu tio paterno, e a sogra da garota pode ter sido o motivo de uma possível vingança que levou ao assassinato. Ele admitiu que estava envolvido em um romance com a sogra da jovem há seis anos. A declaração foi reportada pelo jornal O Globo.
Ricardo afirmou ter sido ameaçado de morte “com seis tiros na cara” logo no início do relacionamento, quando o cônjuge da parceira descobriu o caso, de acordo com informações do jornal O Globo. Além disso, ele mencionou que o relacionamento era conhecido na comunidade cigana de Guaratinga, local onde o crime ocorreu, e que a parceira o presenteava com artigos caros para que ele não pusesse fim ao relacionamento.
O tio da vítima alegou que supostamente não conseguia encerrar o relacionamento, e que a mulher já havia tentado suicídio após diversas tentativas de separação. “Era uma situação muito complicada”, afirmou, acrescentando que jamais imaginou que a sobrinha poderia ser vítima por essa razão.
Os encontros secretos aconteciam na cidade de Eunápolis (BA), onde a parceira afirmava estar encomendando roupas com uma costureira. “Todo mundo desconfiava. Eu tentava não deixar na cara, mas [ela] não conseguia. Ela me dizia que o marido batia muito nela”.