Em Quartucciu, comuna da Sardenha, na Itália, um bebê faleceu nos braços de sua mãe enquanto era amamentado na praça Raffaele Piras em 20 de julho. Com uma temperatura de 44°C no local, está sendo conduzida uma investigação para determinar se a insolação foi a causa da morte do pequeno.
De acordo com a mídia local, conforme relata o tabloide britânico The Mirror, Andrea Melis e Loredana, pais de Roberto, saíram para um passeio por volta das 22h30, acompanhados pelos avós do bebê. Ao chegarem na praça, a mãe o colocou para mamar. Subitamente, ele ficou inconsciente e os serviços de emergência não conseguiram chegar a tempo para salvá-lo.
Andrea Vacca, o promotor de justiça local, informou que o bebê passará por uma autópsia para determinar se a causa de sua morte foi insolação ou algum problema de saúde congênito desconhecido pela família. Enquanto a investigação prossegue, o prefeito de Quartucciu, Pietro Pisu, declarou que a tragédia “afetou bastante a população”.
Os médicos consideram a insolação como uma possível causa da morte porque os bebês têm maior dificuldade em regular sua temperatura corporal, especialmente quando expostos a altas temperaturas, como tem sido observado no Sul da Europa, onde ocorrem intensas ondas de calor.
Na Grécia, por exemplo, os termômetros têm ultrapassado os 40°C, resultando em incêndios florestais que obrigaram milhares de pessoas a abandonarem suas casas. Especialistas apontam que julho pode se tornar o mês mais quente já registrado na história da Europa.
Friederike Otto, do Imperial College London, prevê que as ondas de calor se tornarão mais intensas e ocorrerão com maior frequência até que o mundo deixe de utilizar combustíveis fósseis. Se essa transição ocorrer, ainda há esperança. “Caso contrário, dezenas de milhares de pessoas continuarão morrendo de causas relacionadas ao calor a cada ano”, alertou o especialista.