A mulher detida em flagrante sob acusação de torturar e agredir a filha de 7 anos admitiu à polícia, em depoimento, que vinha maltratando a criança há algum tempo por meio de tapas e puxões de cabelo. A suspeita, de 29 anos, foi capturada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta terça-feira (15/8).
O Correio investigou e descobriu que, durante o interrogatório, a mulher admitiu ter o hábito de punir a filha, fazendo-a ficar de castigo ajoelhada e olhando para a parede por 15 minutos. Testemunhas locais relataram aos investigadores que Geísa demonstrava um sentimento de aversão pela criança.
Após uma denúncia anônima, agentes da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) foram ao endereço da suspeita no Sol Nascente, onde encontraram a criança sozinha em casa, sem comida e com ferimentos no rosto.
As equipes dirigiram-se ao local de emprego da mãe, situado em um mercado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde efetuaram a prisão em flagrante da mulher. Em depoimento à polícia, a suspeita afirmou que aplicou cinco tapas no rosto da criança como medida corretiva e reconheceu que exagerou no castigo aplicado.
De acordo com o delegado-chefe da 19ª DP, Thiago Peralva, a mulher ameaçou até mesmo a integridade física de uma vizinha, caso esta decidisse chamar a polícia. Detida, ela enfrentará acusações que envolvem a prática de tortura por castigo, abandono de incapaz, coação no andamento do processo e receptação, devido à posse de um celular proveniente de furto. A PCDF invocou a Lei Henry Borel neste caso e solicitou medidas protetivas para a criança.