A jornalista Danielle Zampollo vivenciou momentos de apreensão recentemente durante sua cobertura para o programa ‘Profissão Repórter’, veiculado pela TV Globo. Enquanto investigava os detalhes sobre as 16 fatalidades associadas à ‘Operação Escudo’, Danielle esteve na comunidade Prainha, no Guarujá, onde se viu sob a ameaça direta de um fuzil.
“Eu fui para a comunidade da Prainha para apurar as informações sobre as mortes ocorridas na Operação Escudo. Eu tinha acabado de chegar lá e estava com meu celular, pois havia deixado a câmera no carro. Mas só fui para apurar mesmo e checar informações”, relatou a jornalista.
“Ao chegar uma viatura, eu me apresento e pergunto o trabalho que eles foram realizar no local, mas o policial não me respondeu. Para não perder tempo, eu levantei o celular e comecei a registrar a entrada dos agentes na comunidade. De novo, eu me apresentei como jornalista, mas o policial começou a apontar o fuzil”, concluiu.
Logo após, Danielle assegura que não restaram incertezas quando percebeu que não havia mais ninguém no recinto, além dela e do policial, indicando claramente que estava sendo alvejada:
“Como ele manteve a arma apontada pra mim, eu estranhei e achei que estivesse acontecendo alguma coisa. Eu olhei para trás e não tinha ninguém. Só tinha eu, numa viela estreita. Daí eu vi que o negócio era mesmo comigo. Ele ficou 17 segundos, sem parar, apontando o fuzil para mim”.
Surpreendida com a atitude do oficial, a jornalista narra que reagiu prontamente, buscando escapar daquela circunstância:
“Com isso, eu decidi me proteger e pedi a um senhor para ficar na frente da casa dele para sair da mira do policial”.
Para concluir, Danielle menciona que a atmosfera na área tornou-se ainda mais tensa, visto que o policial tomou mais uma atitude surpreendente:
“Daí, esse mesmo policial que estava apontando a arma para mim, decidiu me filmar. Ele pegou o celular dele e fez um vídeo”.
“Esse vídeo, inclusive, acabou viralizando nas redes sociais com a acusação de que eu estaria ali de tocaia para flagrar alguma irregularidade da polícia”, concluiu a repórter.