Um vídeo em que um macaco-prego luta por ajuda enquanto é sufocado por uma sucuri se tornou viral nas redes sociais.
A filmagem foi capturada em agosto de 2022, na cidade de Bonito, no estado de Mato Grosso do Sul. No entanto, foi somente nesta semana que as imagens ganharam ampla atenção nas plataformas de mídia social.
No vídeo, é possível ver o primata em agonia enquanto está envolto pela cobra enorme. Com respiração acelerada, o animal se agarra às margens do rio Formoso, na esperança de se libertar da serpente que o aperta de forma crescente.
A situação foi testemunhada por turistas que estavam em um passeio na área. No áudio de fundo do vídeo, é audível ouvir gritos e instruções para que as pessoas não intervenham com os animais.
“Não pode mexer, não pode mexer” afirma uma das pessoas presentes no local.
Contudo, alguns outros visitantes sensibilizados com a situação apelaram pelo resgate do animal.
![Macaco-prego é resgatado por turistas após ser atacado por sucuri gigante](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/08/sem-titulo-1.webp)
“Tadinho, ele está desesperado, tem criança aqui que vai ver ele morrer, coitado” intervieram.
No final do vídeo, é visível algumas pessoas retirando a cobra do rio para separar os animais. De acordo com o G1, foi confirmado que ambos os animais foram soltos na natureza.
O biólogo Henrique Abrahão Charles explicou que as pessoas sentiram empatia pela situação do macaco, porém, o correto é não interferir.
“Sucuris se alimentam de macacos, existem vários relatos e registros, no entanto, mesmo sabendo que é algo natural, as pessoas se comovem em ver uma cena dessas, mas não devemos esquecer que interferir na vida de um animal silvestre é errado” alerta.
Assista ao vídeo abaixo:
Alerta
A capitã Thamara Moura, da Polícia Militar Ambiental, faz um alerta à população sobre os problemas causados pela interferência na alimentação dos animais silvestres.
“Temos que entender que existe uma cadeia alimentar na natureza, existem animais que se alimentam de plantas, outros de frutos e outros animais. E as pessoas não podem interferir, isso causa um desequilíbrio ecológico e é crime, por mais que a situação comova”.
Segundo a militar, tal ação é classificada como maus-tratos e pode resultar em uma multa que varia entre R$ 500 e R$ 3.000 por pessoa.