O banqueiro, José Bezerra de Menezes Neto, mais conhecido como Binho Bezerra, foi notado como o presidente de um banco mais jovem do Brasil ao assumir o extinto Bicbanco quando tinha apenas 38 anos de idade.
No último sábado (9), Binho, que agora tinha 66 anos, e sua esposa Luciana Bezerra, de 62 anos, foram encontrados sem vida em sua residência em Guarujá, no litoral de São Paulo. Tragicamente, até mesmo o cachorro de estimação do casal foi encontrado falecido. A polícia suspeita que as mortes tenham ocorrido devido a um possível vazamento de gás, resultando em envenenamento.
Binho fazia parte da terceira geração de controladores do BicBanco, que hoje é conhecido como CCB Brasil. Em 2013, o banco foi adquirido pelo China Construction Bank por R$ 1,62 bilhão. A instituição, que foi fundada em Juazeiro (CE), teve suas ações negociadas na Bolsa paulista até 2015, quando se retirou do mercado de ações.
No ano anterior, Binho foi incluído na lista da revista Forbes como um dos empresários mais ricos do Brasil, com um patrimônio estimado em R$ 1,55 bilhão. Ele ocupava a 205ª posição na lista, que também incluía nomes como Amarílio Macêdo, Carlos Jereissati e Everardo Telles.
Binho era filho de Humberto Bezerra, ex-prefeito de Juazeiro do Norte, e sobrinho de Adauto Bezerra, ex-governador do Ceará.
Além de seu envolvimento no mundo financeiro, Binho era um investidor ativo no setor imobiliário e em outros setores, conforme revelado pela Ademicon, uma empresa de consórcio da qual ele era sócio. Sua morte foi lamentada por colegas, incluindo Ciro Belleza, também banqueiro, que trabalhou com Binho por seis anos e o descreveu como “gente boa demais”.
O prefeito de Maracanaú, no Ceará, Roberto Pessoa, e o atual governador do estado, Elmano Freitas, também expressaram suas condolências à família.
Familiares e amigos do casal compartilharam mensagens de homenagem nas redes sociais, destacando a profunda tristeza pela perda. O caso está sob investigação pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).