A menina Heloísa dos Santos Silva, com três anos de idade, vítima de disparo por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última quinta-feira (7/9), enfrentou uma parada cardiorrespiratória nesta madrugada de quinta-feira (14/9).
Segundo informações da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, os profissionais do Hospital Adão Pereira Nunes conseguiram reverter o quadro da criança após 6 minutos.
“A paciente está hemodinamicamente instável e segue entubada na CTI pediátrico”.
Heloísa encontra-se hospitalizada desde quinta-feira (7/9) após ser atingida por disparos, um na cabeça e outro na coluna. Sua família passou o feriado no Rio e estava voltando para Petrópolis, na região Serrana do RJ, onde reside. Os familiares alegaram que os tiros foram efetuados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Dentro do veículo estavam a mãe de Heloísa, uma irmã de 8 anos e uma tia. O boletim médico divulgado nesta quarta-feira (13/9) indicou que o estado de saúde da criança é crítico e gravíssimo.
No seu primeiro testemunho à Polícia Civil, Fabiano Menacho Ferreira confessou ser o autor dos tiros que acertaram Heloísa. O policial também alegou que a atenção dos agentes estava voltada para o automóvel Peugeot 207 Passion, o qual, de acordo com a PRF, está registrado como roubado desde agosto do ano passado.
Os policiais perseguiram o automóvel, ativaram as luzes de emergência e ligaram a sirene na tentativa de fazer o motorista parar. Porém, cerca de 10 segundos depois, ouviram um ruído de tiro e se agacharam dentro da viatura.
Menacho declarou que efetuou três disparos em direção ao Peugeot, pois a situação o levou a acreditar que os sons dos tiros provinham do veículo da família de Heloísa. Os agentes Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva corroboraram a declaração de Menacho.