A Universidade Santo Amaro (Unisa) divulgou em nota nas redes sociais que expulsou os alunos do curso de medicina previamente identificados por participarem de uma “masturbação coletiva” durante um jogo de vôlei feminino na CaloMed, uma competição esportiva interuniversitária.
A instituição não detalhou o número exato de estudantes que serão retirados da unidade de ensino. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento” afirma parte do comunicado da Unisa.
A instituição educacional também declarou que “considerando ainda a gravidade dos fatos, já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis” e ressaltou que “repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores”.
A instituição de ensino tomou uma posição após vídeos divulgados nas redes sociais mostrarem aproximadamente 20 homens correndo na quadra com as calças abaixadas, se envolvendo em uma “masturbação coletiva”. Em outro vídeo, eles repetem esse comportamento enquanto assistem a uma partida de vôlei.
Os vídeos se tornaram virais, e os usuários da internet solicitaram uma declaração da Unisa sobre o incidente. Figuras públicas, como Felipe Neto e a deputada Marisa do MST (PT), também pediram uma resposta da instituição e expressaram sua indignação.
Conforme Marina, os alunos foram expulsos das competições universitárias.
“Parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários porque simularam uma masturbação coletiva em dois momentos do campeonato. O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece” relatou ela.
Esse comportamento é tipificado no artigo 215 do Código Penal como crime de importunação sexual, sujeito a uma pena de 1 a 5 anos de reclusão. De acordo com a Lei n. 13.718/18, a importunação sexual “é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém de forma não consensual, com o objetivo de ‘satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro'”.
A equipe de medicina da Unisa divulgou um comunicado sobre o incidente, destacando que as “filmagens não representam os princípios e valores” da equipe.
“Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório” afirmou.