O indivíduo procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Osório José Lopes Júnior, conhecido como falso religioso, foi detido em Tocantins no início da noite desta quinta-feira (21).
Ele foi preso como parte da Operação Falso Profeta, realizada na quarta-feira (20), e agora está sob custódia na delegacia de Gurupi, onde não deverá ser transferido.
O falso religioso é suspeito de cometer fraudes através das redes sociais. Ele direcionava suas vítimas, em sua maioria evangélicas, a investir R$ 25, prometendo um retorno financeiro de R$ 1 octilhão.
Além disso, afirmava que, ao investirem R$ 2.000, receberiam um retorno de R$ 350 bilhões. Alegava que esses investimentos seriam destinados a fins humanitários.
Em 2018, Lopes Júnior enfrentou acusações de ter enganado fiéis em Goianésia (GO).
Na ocasião, ele e outro líder religioso afirmaram que necessitavam de recursos para obter um título no valor de R$ 1 bilhão, e aqueles que contribuíssem teriam ganhos que chegariam a até dez vezes o montante doado. Eles conseguiram angariar um total de R$ 15 milhões.
A um outro investidor de São Paulo, Osório chegou a assegurar um retorno financeiro de R$ 2 quatrilhões, depois que este efetuou um depósito de R$ 300 mil na conta do falso religioso.
![Falso religioso que prometia ganhos de R$ 1 octilhão é detido](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/09/pastor-Osorio-Jose-Lopes-Junior.jpg.webp)
Operação Falso Profeta
Segundo informações da Polícia Civil, esse golpe pode ser classificado como um dos maiores já investigados no Brasil. Isso porque foi identificado que as vítimas eram pessoas de diferentes estratos sociais e de praticamente todos os estados do país, totalizando mais de 50 mil vítimas.
A investigação, que teve início há cerca de um ano, revelou que o grupo ao qual Osório pertence conta com aproximadamente 200 membros.
No total, estão sendo executados dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, que abrangem o Distrito Federal e diversas outras unidades da Federação.
A investigação evidencia que os indivíduos constituem uma rede criminosa altamente organizada, dedicada a atividades delituosas como falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, evasão fiscal e fraude eletrônica, realizando enganos em larga escala por meio de plataformas de redes sociais, afetando milhares de vítimas tanto no Brasil quanto no exterior.
Também estão sendo executadas ações de bloqueio de ativos financeiros, bem como o bloqueio de perfis em plataformas de mídias sociais, acompanhadas da determinação judicial que impede o uso de meios digitais.
Os investigados podem ser indiciados por crimes que englobam falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, infrações contra a ordem tributária e participação em organização criminosa.
A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, pertencente ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR) do Distrito Federal, aconselha as vítimas que ainda não tenham registrado boletim de ocorrência a procurarem as autoridades.