O corpo da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira foi velado e sepultado no último sábado (23/9) em Belo Horizonte.
Ricardo Mendes, seu esposo, não esteve presente na cerimônia de despedida. Através de um amigo, o empresário deu razões para sua ausência. Contudo, Weslley Oliveira, irmão da atleta, contestou essa versão.
“[Está] em prantos, não para de chorar, está arrasado. Ele comprou a passagem, mas os pais dela pediram para ele não ir. Orientaram porque o clima estava meio pesado. Por isso ele não foi” declarou o amigo de Ricardo ao UOL.
O irmão de Walewska, por sua vez, refutou a alegação e afirmou que não houve comunicação por parte dos familiares com Ricardo.
“Nem eu, nem meu pai, nem minha mãe. Todas as tratativas no IML, a liberação do corpo da minha irmã, como eu moro em São Paulo, eu fiz tudo sozinho. Ele não participou de nada, não pagou nada” disparou o piloto.
Ainda em uma entrevista ao UOL, ele declarou que o cunhado não prestou qualquer contribuição.
“Resolvi todas as burocracias, eu paguei todo o funeral. O marido da minha irmã não arcou com nada. Eu fiz o que tinha que fazer porque era minha irmã. Corri para o prédio no dia do incidente, resolvi todas as burocracias, eu paguei tudo. Tanto a parte do translado, até todos os custos gerais do funeral. No total foram R$ 20 mil de custos. O marido da minha irmã não arcou com nada” afirmou Weslley.
Walewska Oliveira, com 43 anos de idade, perdeu a vida após uma queda do 17º andar da residência que compartilhava com o marido, localizada em Cerqueira César, um distrito nobre na região central da cidade de São Paulo.
Marido não reconheceu corpo de Walewska e não compareceu ao enterro
De acordo com informações do UOL, Ricardo Mendes, esposo de Walewska, não procedeu ao reconhecimento do corpo da sua esposa. Adicionalmente, conforme relatado pelo site, ele deixou as vestimentas da atleta na portaria do edifício, a fim de que a funerária as recolhesse e preparasse para o velório.
O corpo da campeã olímpica Walewska foi transportado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira (22/9). Ricardo Alexandre Mendes não estava previsto para estar presente no velório e, de fato, não compareceu.
Walewska Oliveira mandou mensagem para o marido pouco antes de morrer
De acordo com o registro policial, o qual a coluna Metrópoles teve acesso, Ricardo Alexandre Mendes, esposo de Walewska, relatou ter recebido uma mensagem da esposa momentos antes do trágico evento. No conteúdo da mensagem, ela discorreu sobre o relacionamento deles e a decisão dele de buscar a separação.
Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, foi documentado que Ricardo, com quem Walewska compartilhava uma união de 20 anos, expôs que ambos enfrentavam uma crise na relação.
Segundo seu relato, a convivência “foi se desgastando por diversos problemas; por ela ser compulsiva por compra e ter dilapidado boa parte do dinheiro que eles conseguiram durante os anos de casados”.
Além disso, de acordo com as informações registradas no boletim, “há cerca de três anos, enquanto ela jogava vôlei em Uberlândia, durante uma conversa, a jogadora insinuou praticar ato contra a própria vida, fato que fez Ricardo ir até a cidade e ter uma conversa com os pais dela, expondo todo o problema que estava acontecendo”.
Walewska Oliveira era campeã olímpica
Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, Walewska veio ao mundo em 1º de outubro de 1979 e iniciou sua carreira no vôlei profissional desde muito jovem. A partir de 1995, já ocupava a posição de titular como meio-de-rede no time do Minas, permanecendo nesta equipe até 1998.
As colegas de equipe reconheciam a atleta como uma amiga com um sorriso contagiante.
“A Wal era puro sorriso, alegria, respeitava as pessoas. Só trazer esse testemunho de quem era a Walewska fora das quadras. Dentro, todo mundo percebia a postura de uma atleta exemplar e respeitada por todos” declarou Fabi, que foi colega de equipe de Walewska na Seleção Brasileira de Vôlei.
Antes mesmo de completar 20 anos, já tinha recebido convocação para integrar a Seleção Brasileira sob a liderança de Bernardinho. Tornou-se uma espécie de elo entre uma geração mais experiente, representada por nomes como Márcia Fu e Ana Paula, e outra mais jovem, incluindo atletas como Tainara, por exemplo.
Pela seleção brasileira, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e a medalha de bronze nos Jogos de Sydney, em 2000.
Também desempenhou um papel importante na conquista de três títulos no Grand Prix (em 2004, 2006 e 2008), uma vitória na Copa dos Campeões (em 2013) e um título nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.