Desde que Suzane Von Richthofen iniciou seu relacionamento com Felipe Zecchini, a cidade de Bragança Paulista, em São Paulo, ficou preocupada com a presença da mulher envolvida no assassinato de seus pais.
No entanto, a maior apreensão recai sobre Silvia Constantino, ex-esposa do médico, que receia que suas filhas tenham contato com a ex-detenta.
“Inicialmente, Patrícia, (eu temo) a própria integridade física das minhas filhas, porque eu sempre fui uma pessoa muito tranquila e vivenciei um casamento muito difícil, uma separação muito difícil. Meu ex-marido é uma pessoa mais estourada, com um humor mais instável. Eu não acho que seja uma união saudável, até por conta dos laudos que eu tive conhecimento a respeito da Suzane” explicou, referindo-se aos laudos que descrevem a “agressividade camuflada e onipotência” de Suzane.
A mulher faz o possível para preservar o anonimato de suas filhas.
“Ali é só um gatilho e eu não consigo imaginar o que minhas filhas vivenciam, não tenho confiança em deixar lá, pretendo lutar pela guarda delas, para tê-las aqui comigo, distantes disso tudo, preservar o anonimato das minhas filhas, porque elas são crianças” explicou.
Silvia é mãe de três filhas, sendo uma de 13 anos, outra de 12 anos e a caçula, de 7 anos.
- Notícias: Templos “instagramáveis” e DJs em cultos: Igrejas adotam estilo pop, mas mantêm discurso conservador
“Elas não têm maldade nenhuma dentro delas e eu queria que minhas filhas fossem poupadas disso, tudo porque é uma situação que envolve outra criança ainda. Elas terão esse vínculo. Já vai ser um processo que elas terão que fazer um trabalho psicológico para fazer na cabeça das minhas filhas” disse Silvia, referindo-se à gravidez de Suzane Von Richthofen.
Além de Richthofen
Em seguida, ela detalhou que optou por conceder a guarda das filhas ao ex-marido, que estava relutante em aceitar o divórcio, a fim de mitigar os impactos da separação nas crianças.
“Para que não houvesse apenas a perda de uma família, de um lar, para elas não perderem o círculo social, a escola… A minha família não é de lá e eu não quis que a minha família passasse por isso” acrescentou.
Silvia recorreu ao sistema judicial para recuperar a guarda das meninas e está confiante de que a Justiça dará prioridade ao bem-estar de suas filhas.
“Uma coisa é um casamento que não deu certo, isso acontece, mas, outra coisa, é minhas filhas herdarem uma coisa que elas não fizeram e não têm culpa. Eu gostaria muito que essa guarda ficasse mais favorável à mãe, para eu poder afastar minhas filhas disso tudo. Isso está me deixando agoniada e eu tenho certeza que é o melhor para minhas filhas” concluiu, acusando Felipe de alienação parental.
A defesa de Felipe Zecchini esclareceu à Globo que não bloqueou o contato de Silvia com as filhas e destacou que ele é um “homem íntegro, pai excepcional e que entende a importância da figura materna das filhas”.