Uma mulher, de 29 anos, que se apresentava como policial militar, foi vítima de homicídio a tiros na última segunda-feira (25) em sua residência, localizada no bairro Chácara Campo Verde, em Campo Limpo Paulista (SP), a 60 km da cidade de São Paulo.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por meio de um comunicado enviado ao UOL nesta quarta-feira (27), esclareceu que a vítima não era membro da Polícia Militar.
O que aconteceu:
Tamires Alessandra Vianna Ribeiro teria sido assassinada na presença de seu filho de seis anos. Além disso, a vítima estava grávida. A tragédia se desenrolou em sua casa no bairro Chácara Campo Verde, em Campo Limpo Paulista (SP).
O ex-marido da vítima é considerado o principal suspeito do crime. O casal, que estava junto há 11 anos, teria tido uma discussão momentos antes de ele efetuar os disparos contra a esposa. Em uma entrevista concedida ao programa “Cidade Alerta” da TV Record, o cunhado de Tamires relatou que o filho do casal teria sido testemunha do terrível incidente.
A família de Tamires alegou que o suspeito teria enviado mensagens para a irmã da vítima após cometer o homicídio. Segundo relatos, o marido não teria aceitado a decisão de Tamires de buscar a separação e a acusava de tê-lo traído com outro homem.
Ele teria tentado justificar o crime, alegando que foi um ato impulsivo, e afirmou que a esposa teria ameaçado envolver a polícia em questões relacionadas a ele e seus amigos. Em um áudio, o suspeito teria dito:
“Você conhece a sua irmã, ela ameaçou chamar a polícia, fiquei com medo, bebi, fiquei fora de controle, estou em choque.“ Há suspeitas de que o homem seja um atirador esportivo.
A irmã da vítima também relatou à TV Globo que a vítima e seu marido estavam tendo frequentes desentendimentos.
A mulher foi descoberta pela polícia com vida, próxima ao portão de sua residência. Ela foi levada ao hospital de Campo Limpo Paulista, mas, lamentavelmente, não sobreviveu aos ferimentos e veio a falecer.
Após cometer o crime, o suspeito teria deixado seu filho na casa de um de seus irmãos antes de fugir. Além disso, ele teria levado consigo o equipamento contendo as gravações armazenadas. Importante ressaltar que a casa estava sob vigilância de câmeras de segurança.
Ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que encontrou respingos de sangue na casa do suspeito e que armas de fogo e munições foram apreendidas no local.
O órgão afirmou que, até a manhã desta quarta-feira (27), o suspeito ainda não havia sido localizado e que o caso está sendo tratado como feminicídio, sendo objeto de investigação.
A SSP-SP esclareceu que, embora Tamires tenha se candidatado ao cargo de policial militar em duas ocasiões, ela não concluiu o processo seletivo e, portanto, não faz parte dos efetivos da corporação.
A Polícia Militar do Estado de São Paulo expressa seu lamento e solidariedade aos familiares da jovem de 29 anos vítima de feminicídio ocorrido na cidade de Campo Limpo Paulista nesta segunda-feira (25)
A instituição esclarece que a mulher não faz parte dos seus efetivos e, embora tenha se inscrito para o processo seletivo em duas ocasiões no ano de 2021, não concluiu os referidos processos seletivos. Quanto às imagens da vítima vestida com o uniforme da Polícia Militar, uma investigação foi aberta para apurar os fatos.
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota
Tamires era estudante de medicina veterinária. Em nota, o Centro Universitário Campo Limpo Paulista lamentou a morte da aluna.
Ela também desempenhava um papel colaborativo na Associação Salva Pet. Em outro comunicado, a instituição declarou que Tamires era uma “defensora” dos animais. A nota menciona:
“Hoje, a Salva Pet perde não apenas uma valiosa colaboradora, mas também uma defensora que, durante os plantões, dedicava não apenas seu tempo, mas também seu amor aos nossos pequenos anjos de quatro patas. Agradecemos imensamente pelo que ela fez ao nosso lado em prol da vida dos pacientes que passaram por aqui.”