Um homem de 23 anos faleceu alguns dias após ser nocauteado em um evento amador de luta realizado em Jericoacoara, no estado do Ceará.
O que aconteceu?
João Victor Penha, com 23 anos de idade, sofreu um soco na região da cabeça durante uma luta amadora no sábado passado, 7 de outubro. Um vídeo compartilhado nas redes sociais registra o momento do confronto. Aviso: as imagens são fortes.
João Victor Penha foi encaminhado ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral, onde, lamentavelmente, não resistiu e veio a óbito na última terça-feira, dia 10.
Segundo uma nota emitida pelo hospital “o paciente evoluiu para uma parada circulatória onde foi decretada a morte encefálica”.
O perfil do evento em uma rede social publicou uma nota de luto.
Em um comunicado enviado à equipe de reportagem, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) informou que está conduzindo uma investigação para esclarecer as circunstâncias em torno do falecimento, e que a Delegacia Municipal de Jijoca de Jericoacoara é responsável pelo caso.
O sepultamento de João Victor Penha ocorrerá na cidade de Bela Cruz, que é vizinha a Jijoca de Jericoacoara.
![Jovem falece após nocaute em evento de luta amadora no Ceará](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/10/joao-victor-penha-morreu-apos-levar-soco-em-evento-amador-de-mma-1697149484866_v2_450x450.jpg.webp)
Lesão no cérebro
O neurocirurgião Cláudio Henrique Moreira, da Santa Casa de Sobral, onde o jovem foi internado, esclarece que movimentos bruscos e rápidos, que envolvem o estiramento da região cervical, podem resultar em danos à artéria carótida, responsável pelo fornecimento de sangue ao cérebro.
“O estiramento da região do pescoço, onde estão localizados vasos calibrosos importantes na comunicação com o cérebro, pode romper camadas destas artérias, levando a obstrução do fluxo sanguíneo. A partir daí o sangue não consegue seguir o fluxo normal para a área cerebral, resultando em um acidente vascular cerebral isquêmico. Nestes casos, os jovens são as vítimas mais frequentes devido à prática de atividades esportivas de risco” explica Cláudio Henrique Moreira.