Uma menina de dois anos, abandonada por seus pais, reside no Hospital Universitário de Salamanca, na Espanha, desde os 11 meses de idade, devido a uma condição médica incurável que requer cuidados médicos 24 horas por dia.
A criança, sob a guarda da Junta de Castela e Leão, permanece internada na Unidade de Cuidados Intensivos por mais de um ano, conforme relatado pelo La Razón.
Desde então, os profissionais de saúde a consideram como “parte da própria família”, conforme compartilhou o chefe do serviço de pediatria do hospital ao mesmo jornal.
“A relação que estabeleceram com ela é especial e cheia de carinho” acrescentou Eduardo Consuegra.
Apesar de sua mobilidade restrita e maior suscetibilidade a doenças respiratórias, os profissionais de saúde têm se esforçado para criar momentos especiais para ela. Prepararam uma cauda de sereia em seu aniversário e a levam para a piscina com seus próprios filhos sempre que possível.
Ao longo do tempo, têm registrado sua vida no hospital por meio de fotografias e documentação, de modo que, no futuro, a menina tenha conhecimento de como transcorreram esses dois anos.
O anseio principal dos médicos e enfermeiros do hospital é que a criança encontre uma família que a receba, e os Serviços Sociais já estão empenhados nessa busca.
Segundo Eduardo Consuegra, várias famílias demonstraram interesse em adotá-la; entretanto, esse é um processo que demandará mais tempo do que o habitual, uma vez que a condição da menina é “vitalícia e exige cuidados constantes”.