Na madrugada de sábado (28), Ederlan Santos, marido da cantora gospel e pastora Sara Mariano, foi preso após admitir o assassinato de sua esposa, que estava desaparecida desde a última terça-feira (24).
Conforme informado pelo G1, o delegado Euvaldo Costa, da Delegacia de Dias D’Ávila, situada na Região Metropolitana de Salvador, onde o corpo foi localizado, restringiu-se a fornecer informações para não prejudicar as investigações.
Contudo, ele afirmou que Ederlan Santos havia planejado tudo com antecedência, pelo menos um mês antes.
Além disso, o investigador mencionou ter evidências de que a premeditação teve início em 24 de setembro, após um alegado conflito do casal. Ele também não exclui a possibilidade de que Ederlan tenha tido cúmplices.
“O planejamento da morte da cantora começou um mês antes da execução, então, se começou um mês antes, é bem possível que tenha mais autores responsáveis pelo crime” destacou.
O advogado que representa a família de Sara, Marcus Rodrigues, compartilha da mesma perspectiva apresentada pelas autoridades.
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“Era um relacionamento tóxico, em que ele agredia ela, não somente a verbalmente, como fisicamente também. Ele bebia muito, chegava em casa agredindo, forçava a Sara a ter relações sexuais, e isso acabou nesse fato criminoso” detalhou.
Ele também abordou o áudio que Sara havia enviado à sua irmã, Soraya Correia.
“O áudio corrobora que ele já vinha premeditando o fato. O momento em que, de forma repentina Sara visualiza que ele tem esse contato com a pessoa que era envolvida com o tráfico de dr*gas, para comprar uma arma, já deixa claro para todos nós que ele estava premeditando esse crime bárbaro”, enfatizou.
Mais sobre Sara Mariano
Sara Mariano, natural de Salvador, nasceu em 1988. Ela e Ederlan Santos residiam em Valéria, um bairro da capital baiana, e eram os responsáveis pela TV Shalom.
Fundado em 2015, o canal possui 258 mil inscritos e mais de 2 mil vídeos, que apresentam conteúdo evangélico de produção própria. Sara deixa uma filha de 11 anos, resultante de seu casamento com Ederlan.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.