Os pais de vítimas de crimes brutais que causaram grande comoção nacional, Leniel Borel, pai do pequeno Henry Borel, e Ana Carolina Oliveira, mãe da garotinha Isabella Nardoni, se encontraram na segunda-feira (30) para compartilhar suas experiências dramáticas que carregam há anos.
O encontro foi organizado pelo deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP) durante uma entrevista em seu canal no YouTube.
“A gente não consegue enterrar um filho, porque você tem que viver lutando e brigando todos os dias. Depois do julgamento é enterrar o filho para que essa criança possa ir em paz e você procurar uma vida em paz. No meu caso foram dois anos. No caso dele [Leniel, pai de Henry], sabe-se lá mais quanto tempo.” Ana Carolina Oliveira
O pai de Henry solicitou mais “humanização” no processo judicial.
“Eu sou revitimado todo dia, tenho que falar sobre o caso, pedir Justiça. Eu sou vítima, eu perdi meu filho.” Leniel Borel
Em ambos os casos brutais, os acusados pelos crimes nunca admitiram a culpa.
“Nunca vamos saber. Quinze anos depois, já não me interessa mais. Eu não tenho mais curiosidade de saber. Já pensei durante muitos anos, mas minha filha não vai voltar”, afirmou Ana Carolina.
Os casos
Isabella foi assassinada em 2008 na região norte de São Paulo, por seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá. Em 2010, o casal foi condenado.
A menina tinha apenas cinco anos quando foi arremessada pela janela de um apartamento no sexto andar do edifício onde residia.
![Pai de Henry e mãe de Isabella Nardoni se reúnem na dor: "Não enterramos nossos filhos"](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/11/1280-4.png.webp)
Henry Borel faleceu em março de 2021. Os exames revelaram que ele apresentava 23 lesões corporais e veio a óbito devido a uma “ação contundente e laceração hepática”.
O menino de quatro anos estava na residência onde sua mãe, Monique Medeiros, dividia com seu padrasto, o ex-vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, na cidade do Rio de Janeiro.
A criança chegou ao hospital já sem sinais vitais. Monique e Dr. Jairinho foram acusados e enfrentarão um julgamento popular. A data do julgamento ainda não foi agendada.
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