Gael Henry Jesus Ribeiro, de 2 anos, falecido após ser mordido por uma cascavel no sábado (18) durante um acampamento em Panorama (SP), aguardou por 12 horas até receber o soro antiofídico, conforme relatou sua mãe, a dona de casa Cristiana de Jesus, de 38 anos.
O que aconteceu
A mãe levou imediatamente o filho ao pronto-atendimento ao perceber que ele fora picado por uma cascavel. O incidente ocorreu por volta das 18 horas enquanto a família preparava o acampamento.
Cristiana destaca que a área é frequentada pela família há anos e é reconhecida pelos moradores como uma zona de camping.
O pai da criança conseguiu matar a cobra e levou tanto a criança quanto o animal morto até um hospital municipal, conforme registrado no boletim de ocorrência.
“Imediatamente depois que ele foi picado, pegamos ele e levamos ao pronto-atendimento de Panorama. O médico deu soro de hidratação e antibiótico. Ele ficou em observação até domingo. Só deram o soro contra veneno no dia seguinte [manhã de domingo], cerca de 12 horas depois que chegamos lá.”
Cristiana relata que Gael não apresentava reações, e o pai estava preocupado com o estado de saúde da criança.
“O médico só dizia que ele estava bem, que estava respirando.”
![Mãe afirma que menino morto por cascavel esperou 12 horas por soro: "Tarde demais" Mãe Afirma Que Menino Morto Por Cascavel Esperou 12 Horas Por Soro: &Quot;Tarde Demais&Quot;](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/11/2-Tarde-demais-mae-diz-que-menino-morto-por-cascavel-esperou-12h-por-soro.jpg.webp)
Gael foi transferido para um hospital em Presidente Prudente em condição gravíssima.
“Já era tarde demais. A enfermeira disse ‘mãezinha, vamos fazer o possível, mas não sabemos se ele volta'”, recorda Cristiana.
A criança foi intubada e passou por tentativas de reanimação por 40 minutos, conforme a mãe. No entanto, não resistiu e veio a falecer.
“É muito triste. Uma dor muito grande. Se não tivessem demorado para aplicar o soro contra o veneno, o meu menino estaria aqui, correndo para todo lado, brincando, como ele sempre fazia. Se ele estivesse bem, como o médico falou, ele não teria morrido.”
A Polícia Civil está investigando a morte, conforme divulgado pela SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública). O caso foi registrado como morte suspeita/acidental, e foi solicitado um exame ao Instituto Médico Legal.