A Polícia Civil de Goiás (PCGO) efetuou a prisão preventiva de um homem de 39 anos na quinta-feira (23), em Santo Antônio do Descoberto.
Ele é acusado dos crimes de estupro de vulnerável, maus-tratos e apropriação dos proventos da própria mãe, uma idosa de 67 anos com deficiência auditiva.
A vítima foi hospitalizada em estado desnutrido, desorientado e com escaras, que são lesões causadas por pressão prolongada sobre a pele.
Conforme informações da PCGO, uma assistente social do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) visitou a residência no dia 14 deste mês, após o acusado solicitar uma cesta básica ao centro. Ao receber a visita, o acusado voltou atrás e tentou impedir a entrada da servidora.
Ao adentrar, a assistente notou que a senhora estava sendo vítima de maus-tratos, pois a encontrou sentada em uma cadeira em um cômodo sem espaço para cama, suja de comida e sangue.
A idosa chorou ao ver a assistente e comunicou, por gestos, que era frequentemente alvo de agressões e abusos sexuais, apontando o filho como o responsável.
Conforme informações da PCGO, o acusado negou-se a fornecer informações e impediu a remoção da idosa da residência. A assistente, então, deixou o local e acionou a polícia e a equipe do Samu, que constatou um quadro grave de desidratação e desnutrição, além de feridas visivelmente infectadas.
Após a avaliação da saúde da idosa, o filho dela manifestou agressividade e perda de controle emocional, sendo necessário a intervenção da equipe da Polícia Militar que estava presente.
A senhora foi hospitalizada em estado grave, e foi constatado que ela estava caquética, desorientada, desnutrida, desidratada e com escaras. Ela permaneceu internada por uma semana e, posteriormente, foi acolhida por um lar de idosos.
O delegado de Santo Antônio do Descoberto, Adriano Jaime, esclareceu que o suspeito relatou, em depoimento, ser usuário de drogas e ter realizado diversos empréstimos no nome da mãe. Ele trabalhava realizando bicos em um lava-jato.
O delegado relatou que a idosa encontrava-se extremamente debilitada, e os médicos não acreditavam em sua sobrevivência.
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“Nunca vi algo com essa crueldade. A senhora estava tendo sofrimento diário, muito sofrimento”, lamentou.