Um homem foi detido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, neste domingo (10), sob suspeita de participação no desaparecimento de Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos.
O que aconteceu:
A polícia encontrou o suspeito detido por moradores depois de ele ter confessado o crime. Kemilly Hadassa Silva desapareceu entre a noite de sexta-feira (8) e a madrugada de sábado (9), na comunidade Beira Rio, no distrito de Cabuçu, em Nova Iguaçu.
O suspeito é primo da mãe de Hadassa. A família da vítima identifica o homem preso como o responsável pelo sumiço da menina.
A apuração do portal UOL revelou que o homem sofreu agressões, e foi preciso o auxílio dos policiais para interromper a violência. Ele foi conduzido para a 56ªDP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, e será interrogado no Setor de Descoberta de Paradeiros da DHBF.
A Polícia Militar chegou ao bairro Campo Alegre após uma denúncia telefônica. O informante comunicou aos agentes que um homem teria admitido o homicídio.
Uma residência, cuja propriedade ainda não foi confirmada como sendo do suspeito, foi interditada para a realização de perícia. Marcas de sangue foram identificadas na casa.
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Desde sábado, as autoridades tentavam localizar a criança, que foi encontrada na noite deste domingo (10). A Polícia Civil está empenhada em esclarecer todos os acontecimentos.
“Quero minha filha”, diz mãe
Familiares de Hadassa estiveram em frente à 56ªDP na tarde de ontem (10) buscando respostas para o caso, conforme relatado pelo jornal O Globo.
A mãe da menina, Suellen Roque da Silva, clamava “quero minha filha”, enquanto era apoiada pela irmã, Mônica.
“Eu só quero o corpo da minha filha. Meu sonho era fazer a festa dela de 15 anos. Tem quatro anos que crio ela sozinha” declarou Suellen ao jornal.
Hadassa é a única menina entre os cinco filhos de Suellen. Os meninos têm 2, 7, 8 e 9 anos.
“Ela era uma boneca. Adorava usar maquiagem e me perguntar se estava bonita. Pedi muito a Deus pela vinda dela ao mundo. Fiz até propósito para ter ela. Os irmãos dela estão chorando muito”, acrescentou Suellen.
Entenda o caso:
Kemilly Hadassa Silva desapareceu na noite de sexta-feira (8). Ela estava em casa com dois irmãos, de 7 e 8 anos, na comunidade Beira Rio, no distrito de Cabuçu.
Conforme o Globo, a mãe das crianças, Suellen, de 29 anos, saiu de casa por volta das 23h de sexta-feira (8) e deixou os pequenos sozinhos, dormindo na cama. Ao retornar, aproximadamente às 5h de sábado (9), Hadassa não estava mais na cama. Não há informações sobre o destino da mãe das crianças durante sua ausência.
Os irmãos não perceberam quando Hadassa desapareceu. A casa da família está situada no mesmo terreno onde residem outros parentes da menina, entretanto, ninguém relatou ter notado a presença de estranhos no local durante a madrugada.
Após o desaparecimento, vários familiares e internautas compartilharam cartazes com a foto da menina para divulgar o ocorrido nas redes sociais.
Corpo de Hadassa, de 4 anos, é encontrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense
Em uma operação coordenada entre as polícias civil e militar do Rio de Janeiro, o homem acusado de estuprar e matar a menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, foi detido na noite deste domingo (10).
O corpo da criança foi localizado pelos agentes dentro de um saco de ração abandonado em um valão em Nova Iguaçu, na baixada fluminense.
O detido, identificado como Reynaldo Rocha Nascimento, é primo da mãe da vítima e admitiu o crime.
Kemilly Haddassa estava desaparecida desde a madrugada do último sábado (9). A mãe da menina havia deixado a criança em casa dormindo, com mais dois irmãos, de 7 e 8 anos, para participar de uma festa. Ao retornar pela manhã, a criança não estava mais presente.
O suspeito foi localizado em sua residência e agredido por moradores locais. Durante as agressões, foi resgatado por policiais militares, que o conduziram à delegacia.
Enquanto Reynaldo prestava depoimento, as autoridades continuavam a busca pela garota. O corpo foi encontrado na noite passada, dentro de um saco de ração, em um valão próximo à residência do autor do crime.
A polícia civil enfrentou dificuldades para realizar a perícia no local, pois os residentes da área tentavam agredir e ameaçavam matar o suspeito, que estava presente.
Reynaldo admitiu o crime. Ele informou às autoridades que estava ciente de que a criança estava sozinha em casa. O criminoso afirmou ter estuprado a menina, que começou a chorar. Para evitar ser descoberto, ele tirou a vida da criança por sufocamento.
O homem foi detido preventivamente, e as investigações prosseguem para apurar mais detalhes sobre o delito. Outros indivíduos ainda podem ser responsabilizados.