Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil deteve Amanda Partata sob suspeita de envenenar e causar a morte de Leonardo Pereira Alves, seu ex-sogro, e da mãe dele, Luzia Alves, em Goiânia.
Inicialmente, cogitou-se a hipótese de mãe e filho terem enfrentado complicações devido a uma intoxicação alimentar proveniente de um bolo de uma confeitaria local, mas essa versão foi completamente descartada.
O caso é bem complexo, envolve um grau de psicopatia. Vamos ouvir novamente a Amanda, porque existem detalhes relevantes, inclusive de outros crimes relacionados à investigada. O que nós adiantamos é que, de fato, se trata de um duplo homicídio por envenenamento afirmou o delegado Carlos Alfama.
Suspeita
![Advogada é presa suspeita de envenenar e matar ex-sogro e mãe dele em Goiânia](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/12/3-Advogada-e-presa-suspeita-de-envenenar-e-matar-ex-sogro-e-mae-dele-em-Goiania.jpg.webp)
Amanda é advogada. Em suas redes sociais, ela também se identifica como psicóloga, mas de acordo com o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), não consta registro profissional ativo no banco de dados do Conselho.
Ao ser abordada por jornalistas na porta da delegacia e questionada sobre o crime, ela repetiu mais de uma vez: “Eu não fiz isso”. Além disso, afirmou estar grávida.
Entenda o caso
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O caso foi iniciado na segunda-feira (18) após a morte de Leonardo. Segundo o boletim de ocorrência, a esposa dele relatou que a ex-nora adquiriu o doce para um café da manhã em família. Durante a manhã de domingo (17), Leonardo, Luzia e a própria esposa consumiram o alimento.
Aproximadamente três horas após a ingestão, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram hospitalizados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas não resistiram e faleceram ainda no domingo.
Conforme o boletim, Luzia foi admitida na Unidade de Terapia Intensiva, porém, seu estado clínico já estava bastante debilitado.
A ex-nora, de acordo com o relato, consumiu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava a caminho de Itumbiara quando começou a sentir os sintomas e retornou à capital.
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Até aquele momento, a família supunha que o doce havia causado as mortes devido à contaminação, o que motivou a solicitação de investigação. A polícia e outros órgãos fiscalizadores, incluindo o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa para examinar os produtos em busca de irregularidades e evidências de contaminação.
Ainda na segunda-feira (18), o Procon Goiás emitiu uma nota dizendo:
Os agentes verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados. As informações e documentação foram repassadas para a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, que segue com as apurações.
Sofrimento da família
O incidente tornou-se amplamente conhecido em todo o estado de Goiás após a filha de Leonardo usar as redes sociais para abordar a morte do pai. A médica Maria Paula Alves relatou que Leonardo era uma pessoa saudável e extraordinária.
Papai era uma pessoa de 58 anos que não tinha 1 fio de cabelo branco na cuca e que acordou o dia 17 de dezembro completamente bem. Os porquês, a surpresa, a angústia, o desentendimento e a dúvida não terão espaço nesse texto. O texto é sobre o senhor ter sido – e ainda ser – o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei afirmou a jovem.