Com emoção, Eliade Francisca Santos, cozinheira e avó materna de Rodrigo Júnior, de 2 anos, que foi espancado até a morte na noite desta quarta-feira (20), revelou ao portal R7 que vinha tentando obter a guarda da criança e que o menino estava sofrendo maus-tratos.
Ela destacou que o genro agredia a criança e a filha não tomava nenhuma atitude:
Ela não é mãe, é um monstro.
De acordo com Eliade, em novembro, a criança foi hospitalizada após ter sido vítima de agressões. O Conselho Tutelar foi chamado, e a guarda da criança ficou sob responsabilidade da avó.
Fiquei só três dias com ele, depois os pais vieram tirar ele de mim. O processo já estava em andamento para eu ter a guarda, mas não tinha passado com o juiz ainda explicou Eliade.
Eliana Paixão dos Santos, de 21 anos, filha da cozinheira e mãe de Rodrigo Júnior, foi detida ao lado de seu companheiro, Rodrigo Pinheiro Queiroz, de 27 anos, após a morte do filho.
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A criança foi conduzida à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Itaquera, na zona leste de São Paulo, em estado de desmaio, não resistindo aos ferimentos.
Tiraram de mim o meu único netinho. Ele era a minha alegria e foi tirado de mim lamentou a cozinheira, chorando.
A mulher relata que as “cuequinhas” do neto ainda estão em sua casa. Neste momento, ela aguarda o contato do IML (Instituto Médico-Legal) para liberar o corpo da criança e iniciar os preparativos para o velório e o enterro.
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Pai da criança também agredia a mulher
Conforme Eliade, o massoterapeuta Rodrigo Queiroz possui histórico de violência. Além de agredir os filhos, ele teria também agredido Eliana, sua esposa. A polícia divulgou que Eliana, detida por suspeita de envolvimento na morte do filho, apresentava marcas de agressão em seu corpo.
Em maio deste ano, Rodrigo já estava detido por perseguir, agredir e tentar sequestrar a ex-mulher, que possuía medida protetiva contra ele.
A cozinheira relatou que, durante a prisão de Queiroz, sua filha terminou o relacionamento, no entanto, assim que ele foi solto, os dois reataram.
Agora, o massoterapeuta enfrentará um novo processo pela morte do filho. A polícia divulgou que o homem possui mais três filhos, os quais também foram vítimas de agressões.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.