Pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas no homicídio do policial penal de Goiás José Françualdo Leite Nobrega, conforme informado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). Até agora, três suspeitos foram detidos.
De acordo com as informações da corporação, três suspeitos teriam envolvimento direto no assassinato, enquanto os demais auxiliaram na remoção de evidências, incêndio do veículo e na limpeza do local do crime.
O funcionário público estava desaparecido por mais de um mês. No último sábado (6/1), o corpo de José foi localizado na região rural de Cocalzinho (GO), em estado avançado de decomposição. Ele foi vítima de homicídio, sofrendo quatro disparos, sendo um nas costas e três no peito.
O servidor público, proprietário de uma loja de materiais de construção, foi assassinado pelos próprios funcionários, que mantinham uma relação com a vítima há mais de 10 anos, conforme informou a PCGO.
Desvio de dinheiro de loja
A Polícia Civil de Goiás continua investigando o assassinato de José Françualdo, com uma das linhas de apuração sugerindo que os assassinos possam ter desviado dinheiro da loja de materiais de construção do policial penal.
De acordo com a equipe de investigação, a vítima teria percebido que estava sendo alvo de furto por parte dos funcionários. Dias antes do crime, José teria compartilhado com a esposa a descoberta dos desvios.
Segundo os investigadores, a suspeita de que os autores seriam pessoas que trabalhavam para José Françualdo surgiu a partir de quebras de sigilo.
Alguns dos envolvidos, inclusive, continuavam a frequentar a rotina da vítima, mesmo após o assassinato, mantendo um convívio aparentemente normal, como se nada tivesse acontecido.
No sábado (6/1), de acordo com os investigadores, um dos suspeitos, que não havia se encontrado com a família desde o ocorrido, foi abordado por parentes do policial penal. Sob pressão, o homem, visivelmente nervoso, acabou revelando a localização do corpo.
O caso
O servidor público estava desaparecido por mais de um mês e foi morto com quatro tiros, sendo um nas costas e três no peito. O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição.
Eles estavam dentro da casa dele, já trabalhavam com ele há mais de 10 anos disse ao Metrópoles um parente da vítima, que preferiu não ser identificado.
Fazer isso por dinheiro foi uma covardia tremenda afirmou.
Dois dos detidos eram empregados da loja de materiais de construção de propriedade do policial penal, especializada em aluguel. Um deles, identificado como Manelito Lima Júnior, desempenhava funções na área financeira do estabelecimento administrado por Françualdo.
Outro suspeito de envolvimento na morte do servidor da segurança pública foi reconhecido como Daniel Amorim Rosa de Oliveira. A terceira pessoa detida é Marinalda Mendes Vieira. Os papéis específicos de cada um no crime brutal ainda não foram detalhados pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Maxsuell Miranda das Neves, presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, expressou pesar diante da notícia.
“A categoria está de luto pela morte do nosso irmão. Françualdo era um excelente profissional e muito querido pela tropa. O que fizeram foi uma covardia muito grande, porque ele deu emprego para algumas pessoas e acabou covardemente assassinado por elas.”