Maria Julia de Camargo Adriano, 8 anos, faleceu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no último sábado, 8 de janeiro.
Segundo a tia da menina, Adriana Silva Adriano, Maria Julia estava deitada na rede da residência onde vivia com a família, em Ribeirão do Pinhal, a 117 quilômetros de Londrina, quando se queixou de dor de cabeça para os pais e desmaiou. As informações são do G1.
Ela desmaiou e, de imediato, os pais a levaram para o hospital da cidade. Ela foi atendida pelo médico de plantão e onde começaram com os primeiros atendimentos […] . Era uma menina dedicada aos estudos e muito inteligente. Amava os animais e tinha sonho de ser veterinária relatou Adriana.
Maria Julia foi encaminhada para o hospital de Bandeirantes para realizar uma tomografia. O laudo médico revelou um sangramento no cérebro da criança. Diante disso, a equipe considerou necessário interná-la e providenciou a transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Londrina.
![Menina de 8 anos morre de AVC após sentir dores de cabeça](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/01/2-Menina-de-8-anos-morre-de-AVC-apos-sentir-dores-de-cabeca.jpg.webp)
Foi detectado que o quadro dela era gravíssimo e, então, constatado de fato que era o AVC contou a tia.
AVC em crianças
O caso de Maria Julia chama a atenção, pois, de acordo com a comunidade médica, os casos de AVC em crianças são raros.
A incidência estimada do AVC na infância é de 1 a 6 casos para cada 100 mil crianças por ano explicou o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.
O AVC é caracterizado por uma perda súbita da função cerebral. Existem dois tipos de AVC:
- Hemorrágico – ocorre quando as artérias que levam sangue ao cérebro se rompem, geralmente sendo mais grave.
- Isquêmico – acontece quando as artérias que levam sangue ao cérebro ficam entupidas ou obstruídas, resultando na falta de oxigenação em uma área específica do cérebro.
Causas do AVC em crianças
Contrariamente aos adultos, nos quais prevalece a isquemia cerebral, as causas que conduzem ao AVC em crianças são variadas. Entre elas, estão:
- As cardiopatias congênitas ocorrem quando a criança nasce com lesões no coração que podem resultar em complicações para a circulação cerebral;
- Doenças hematológicas como anemia falciforme, leucemias, linfomas, entre outras;
- Doenças relacionadas à coagulação do sangue;
- Doenças que surgem após quadros infecciosos, como meningite, varicela e, mais recentemente, a covid-19;
- Anomalias vasculares relacionadas à presença de aneurismas cerebrais, malformações artério venosas ou a doença de moyamoya;
- Infartos venosos, doenças metabólicas;
- Traumas decorrentes de acidentes que podem resultar em hematomas intracerebrais ou compressão do espaço subdural e epidural.
A tia de Maria Júlia, contudo, afirma que não havia qualquer condição pré-existente e que os médicos que cuidaram da menina consideraram a situação uma fatalidade, de acordo com informações do G1.
O laudo indicou a presença de um aneurisma – uma dilatação dos vasos sanguíneos – que se rompeu e se disseminou pelo cérebro.
Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC incluem fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo, confusão mental, alteração da fala, modificação na visão, desequilíbrio, coordenação comprometida, tontura, mudança na marcha, e dor de cabeça súbita, intensa, sem uma causa aparente.
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