O repórter da Inter TV, afiliada da Globo no Rio de Janeiro, João Vitor Brum, foi alvo de agressões e teve seu equipamento danificado durante a produção de uma matéria em Cabo Frio na última segunda-feira (15).
O que aconteceu
João Vitor estava cobrindo o desaparecimento de um jovem de 18 anos na Lagoa de Araruama, em Cabo Frio, quando foi agredido por um amigo do rapaz desaparecido.
O repórter João Vitor Brum e o cinegrafista Sidney Pontes estavam capturando imagens do local e entrevistando algumas pessoas quando foram surpreendidos pelo agressor.
João Vitor foi vítima de agressão física, sendo empurrado e caindo dentro da água junto com seu equipamento de trabalho. Posteriormente, ele registrou um boletim de ocorrência, foi submetido a exame de corpo de delito, e as agressões foram confirmadas.
Em comunicado, a Inter TV manifestou repúdio à agressão ao jornalista, descrevendo-a como um “ataque brutal”. A afiliada da Globo destacou que o repórter estava autorizado pela família da vítima para realizar a cobertura do caso.
Este ato brutal é um alerta para a necessidade de proteção e respeito aos jornalistas, que desempenham um papel fundamental na busca pela verdade e na prestação de informações à comunidade afirmou a emissora.
Nesse momento difícil, expressamos nossa solidariedade ao repórter João Vitor Brum. A Inter TV reafirma seu compromisso com a liberdade de imprensa e continuará a desempenhar seu papel vital na divulgação de informações relevantes à comunidade, superando adversidades como essa com resiliência e determinação declarou a nota.
O repórter afirmou estar bem. Nos comentários da postagem da Inter TV, João Vitor agradeceu pelas mensagens de apoio e declarou que está “tomando todas as medidas necessárias para que nossa profissão não siga sofrendo tantas agressões, não apenas físicas”.
João Vitor destacou que a família do jovem desaparecido “não teve nada a ver com essa situação e foi, do início ao fim, extremamente educada e receptiva comigo, mesmo em um momento tão difícil para eles”.
Nossa intenção sempre será de ajudar. Abraço e obrigado a todos acrescentou.
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e o SJPRJ (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro) divulgaram uma nota de repúdio ao ataque sofrido pelo repórter, classificando-o como um “ato leviano e covarde”.