Igor Fernandes Pereira Ayres, 22 anos, foi detido nesta segunda-feira (5/2) sob a suspeita de estupro e homicídio de sua enteada de 4 anos. Ele residia em um apartamento em Taguatinga Sul com a vítima e sua mãe há um mês.
A criança, conhecida como Isabela Dourado de Oliveira, entrou em parada cardíaca após supostamente ser vítima de violência sexual, não resistindo aos acontecimentos.
A Polícia Militar do DF (PMDF) foi chamada pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os socorristas, ao chegarem ao local, confirmaram o falecimento.
Durante o atendimento, um dos médicos do Samu comunicou aos policiais que a criança exibia evidências de abuso e violência sexual, com lesões na região genital.
Segundo consta no boletim policial, o suspeito e a mãe da vítima começaram a namorar há nove meses. A criança e sua mãe se transferiram do Rio Grande do Sul para o Distrito Federal em agosto do ano passado.
No mesmo mês em que chegaram ao DF, as duas começaram a residir com a família do suspeito. Em dezembro, transferiram-se para o apartamento onde ocorreu o delito.
O portal Metrópoles investigou que Igor não estava empregado. Ele frequentava a faculdade e recebia pensão alimentícia do pai. A mãe da menina relatou à Polícia Civil do DF (PCDF) que saiu para trabalhar, deixando a filha com o companheiro no apartamento.
Às 8h54, a mulher relata ter recebido uma ligação do namorado informando que a criança havia convulsionado e não respondia aos estímulos.
Após investigações e entrevistas com testemunhas, os policiais detiveram e encaminharam o padrasto da criança para a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Ele enfrentará acusações pelo crime de estupro de vulnerável com resultado de morte.
Versão do preso
Ao prestar depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o suspeito relatou ter ouvido um ruído vindo do quarto e, ao correr para verificar, encontrou a garota em convulsões e espumando pela boca. Ele afirma ter tentado realizar massagem cardíaca na enteada, mas sem sucesso.
Igor declarou, ainda, que era “apaixonado pela criança”, porém essa declaração foi contestada por vizinhos, que afirmaram ouvir a menina gritando e chorando várias vezes quando estava sozinha com ele.
Um dos residentes, inclusive, comunicou que já havia denunciado o padrasto devido a achar o “comportamento dele muito suspeito”.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.