O herdeiro de uma das principais empresas produtoras de açúcar dos EUA foi detido na semana passada, acusado de agredir fisicamente sua namorada em um acesso de raiva, após ficar “irritado” por estarem sentados ao lado de um casal gay em um restaurante em Palm Beach (Flórida, EUA).
Alexander Fanjul, 38 anos, foi detido em 28 de janeiro após sua namorada informar às autoridades que temia pela própria vida durante um episódio de violência ocorrido na mansão do milionário, situada na mesma cidade.
A polícia atendeu a uma denúncia de um vizinho que ouviu uma mulher gritando desesperadamente. Por volta das 23h30m, os agentes decidiram ir ao local. Ao chegarem lá, ouviram uma mulher clamando:
Sai de cima de mim!
Os agentes encontraram Fanjul “de pé sobre uma mulher”, que “estava no chão em uma posição defensiva fetal”, e notaram que ela apresentava sangramento no rosto.
Após apartarem Fanjul de sua namorada não identificada, os policiais escutaram o relato da vítima.
Ela informou à polícia que mantinha um relacionamento com Fanjul há aproximadamente um ano e meio, e os dois tinham saído para jantar no Flagler Steakhouse, localizado no elegante Breakers Hotel, naquela noite, conforme relatado pelo “NY Post”.
Durante o jantar, Fanjul ficou irado porque os dois estavam sentados ao lado de um casal homossexual no restaurante contou a mulher, conforme consta no boletim de ocorrência.
No depoimento, a vítima afirma que Fanjul passou o jantar inteiro reclamando da situação. Sua irritação persistiu até que o casal chegou à residência do milionário. Quando a namorada pediu para ele “esquecer o que havia acontecido”, Fanjul explodiu.
Foi quando Fanjul começou a dar socos no rosto da vítima com o punho fechado, causando hematomas, sangramento e inchaço na área facial afirma o documento da polícia.
Além dos socos, Fanjul aplicou joelhadas contra a namorada. Quando a vítima tentou pegar o telefone para ligar para o 911 (serviço de emergência nos EUA), Fanjul agarrou sua mão e arremessou o telefone no chão, resultando na quebra do dispositivo.
Sem o telefone, conforme relatado pela vítima, ela “começou a gritar por socorro”, momento em que Fanjul “a jogou no chão e a arrastou para dentro da residência a fim de evitar que recebesse ajuda ou escapasse”. A sessão de violência só chegou ao fim com a chegada dos policiais.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.