O parque aquático onde uma mãe e dois filhos faleceram devido a uma descarga elétrica no último domingo (4), causada pelo rompimento de um cabo de alta tensão, em Rio Branco do Sul (PR), comunicou o encerramento das atividades do local.
O que aconteceu
A gestão do parque Piscinas Cavassin justificou que não possui “condições psicológicas e mentais” para manter suas operações. O comunicado foi compartilhado nas redes sociais na terça-feira (6).
O fechamento será permanente:
Comunicamos, ainda, o fechamento definitivo do nosso espaço, pois não há mais condições psicológicas e mentais de todos que aqui representamos seguirem com as atividades afirma o comunicado.
O local descreveu o acontecimento como uma “tragédia” e um episódio “terrível”:
Como todos sabem, ocorreu um terrível acidente no espaço representado por esse perfil. Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências às famílias das vítimas. Não há palavras que possam aliviar o sofrimento que estão enfrentando diante desta terrível perda.
O parque comunicou também que, com o auxílio do Corpo de Bombeiros e da prefeitura, conseguiu salvar uma vida.
Reafirmamos nosso compromisso em oferecer todo suporte necessário à família afetada e em colaborar plenamente com as autoridades e com a concessionária de luz para esclarecer os fatos e evitar que tragédias assim voltem a acontecer em qualquer outro local.
Local não tinha alvará de funcionamento
O delegado Gabriel Fontana, responsável pela investigação do caso, informou que o parque não possuía alvará de funcionamento.
O estabelecimento possuía registro para realizar “atividade de limpeza”. No entanto, o delegado esclareceu que, embora essa seja a atividade indicada no registro do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), tal função não foi identificada pela polícia.
De fato, na prática, tudo no local indica que se trata de um parque aquático, há diversas placas também declarou.
As piscinas foram erguidas sob postes de energia. Por volta das 14h de domingo, um galho teria se desprendido e caído sobre um cabo da rede elétrica. O cabo, por sua vez, também se partiu e caiu na piscina.
Vinte pessoas estavam dentro da piscina. Três perderam a vida, e nove foram encaminhadas para o hospital.
As vítimas eram membros da mesma família: a mãe, Roseli da Silva Santos, de 41 anos; a filha mais velha, Emily Raiane de Lara, de 23 anos, que estava grávida; e o adolescente Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos.
Em declarações à imprensa, o responsável pelo parque informou que o local é cercado de árvores, que ocasionalmente atingem a fiação.
O parque aquático operava em uma chácara particular na região rural de Rio Branco do Sul.
O local funcionava sem alvará de funcionamento para parque aquático, é uma propriedade particular, em que foram construídas piscinas há cerca de cinco anos explicou Fontana.
A polícia conduziu duas perícias na área. O delegado destacou que a primeira perícia foi realizada ainda no domingo. Hoje, uma análise adicional foi conduzida com a colaboração de técnicos da Copel (Companhia Paranaense de Energia).
Os responsáveis pelo estabelecimento e as testemunhas também serão interrogados. Fontana esclareceu que as entrevistas já foram marcadas.
A Prefeitura de Rio Branco do Sul afirmou que está oferecendo apoio às famílias e lamentou profundamente as perdas.