Um recente relatório indicou que um bebê morreu como resultado de um homicídio durante o parto, na Geórgia, Estados Unidos.
Jessica Ross e seu marido, Treveon Isaiah Taylor, moveram uma ação judicial alegando que os profissionais de saúde empregaram excessiva força, resultando em ferimentos irreversíveis no filho deles em 9 de julho do ano passado.
As acusações são dirigidas à médica Tracey St. Julian e ao Centro Médico Southern Regional, de Riverdale, conforme reportado pelo The Mirror.
O pai alega que o hospital fornecia informações falsas sobre a causa da morte do filho e que não permitia que eles o vissem.
Queremos apenas justiça para o nosso filho afirmou ele em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8), ao lado de sua esposa, que estava visivelmente abatida para falar.
Eles mentiram para nós, não nos deixaram tocar nele declarou.
O hospital refutou qualquer irregularidade.
![Morte de bebê decapitado em parto é considerada homicídio](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/02/2-Morte-de-bebe-decapitado-em-parto-e-considerada-homicidio.jpg.webp)
Conforme o relatório, quando a mãe chegou ao hospital, os batimentos cardíacos do bebê estavam normais e não havia nenhuma anomalia.
No entanto, durante o trabalho de parto, surgiram sinais clínicos de distocia de ombros, uma condição em que um dos ombros do bebê fica preso atrás do osso púbico da mãe após a passagem da cabeça.
Então, várias tentativas e manobras foram realizadas para reposicionar a cabeça, e Jessica foi encaminhada para uma cesariana. Embora o corpo do bebê tenha sido retirado na cirurgia, a cabeça foi separada do corpo e removida pelo canal vaginal.
Segundo o advogado do casal, Cory Lynch, a morte do bebê foi categorizada como homicídio pelo Gabinete do Examinador Médico do Condado de Clayton. O laudo médico indica que o corpo do bebê apresenta “decapitação traumática”.
A ação movida pela família alega que a criança ficou presa aproximadamente 10 horas após o parto. A acusação é de que os médicos “teriam puxado a cabeça e o pescoço do bebê com tanta força, que os ossos do crânio, da cabeça e do pescoço do bebê foram quebrados”, resultando na decapitação.
A mãe foi encaminhada para uma cesariana cerca de três horas depois, segundo o processo. Nesse ponto, o monitor fetal já não registrava batimentos cardíacos. A ação também alega que o hospital tentou encobrir o fato de o bebê ter sido decapitado.
Os pais revelaram o processo durante uma coletiva de imprensa em Atlanta. O advogado descreveu como a equipe tentou encobrir o acontecimento, incluindo envolver o corpo do bebê em um cobertor e apoiar a cabeça, para dar a impressão de que ainda estava presa.
O casal só descobriu a verdade sobre o que aconteceu enquanto se preparava para a cremação do filho, quatro dias após a morte.
Infelizmente, os sonhos e esperanças deles se transformaram em um pesadelo, que foi encoberto pelo Centro Médico declarou o advogado.
Conforme o laudo do médico legista, a causa da morte do bebê foi atribuída à “fratura-luxação” da coluna cervical superior e da medula espinhal. O Centro Médico Southern Regional alega que o óbito do bebê ocorreu no útero, antes do parto e da decapitação.
Eles também afirmam que a médica, Tracy St. Julian, não é “e nunca foi” funcionária do hospital. O caso, divulgado em 13 de julho, embora a morte tenha ocorrido em 9 de julho, está sendo investigado pelo Gabinete do Médico Legista e pela Polícia do Condado de Clayton.
Uma autópsia recente confirmou que o caso é considerado “homicídio”.
A ação judicial alega grave negligência, fraude e imposição intencional de sofrimento emocional. Busca-se compensações não especificadas, incluindo a cobertura dos custos funerários da criança, estimados em US$ 10 mil (cerca de R$ 49 mil).
Os advogados do casal destacam que o caso evidencia as taxas mais elevadas de mortalidade infantil entre mulheres negras. Até o momento, a médica não apresentou sua defesa nem emitiu comentários públicos sobre o caso.