A Polícia Civil de Santa Catarina não exclui a possibilidade de que a menina Isabelle de Freitas, de 3 anos, tenha sido submetida a tortura por parte da mãe e do padrasto antes de perder a vida em Indaial (SC). O casal admitiu a autoria do crime e foi detido, conforme informações da Polícia Civil.
O que aconteceu
A Polícia Civil não descarta a hipótese de a criança ter sido sujeita a torturas em momentos anteriores. As autoridades aguardam os laudos periciais realizados no corpo da menina para, se confirmado, também imputar ao casal a acusação de crime de tortura.
A perícia identificou vários traumatismos no corpo da menina. O delegado do caso, Filipe Martins, informou ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes) que ainda não é possível determinar se esses traumas são antigos ou recentes, indicando que os laudos periciais poderão esclarecer quando as lesões ocorreram.
O delegado afirmou que um “cenário macabro” foi descoberto na residência onde Isabelle foi morta. A perícia, utilizando reagentes, identificou vários pontos de sangue em diferentes áreas da casa.
O casal inventou uma história de possível sequestro para esconder a verdade. Conforme relatado pelo delegado, o padrasto solicitou um carro por meio de um aplicativo, mas, em vez de entrar no veículo, a dupla criou uma narrativa sugerindo que o motorista do aplicativo poderia ter sequestrado Isabelle.
Trocaram mensagens em um aplicativo, questionando sobre o paradeiro da menina. Após horas de interrogatório, a polícia desmontou a versão combinada, levando-os a admitir a autoria do crime.
O padrasto foi o primeiro a admitir o crime. Ele relatou que ele e sua parceira agrediram Isabelle “como forma de repreensão” e que, com a continuação dessas agressões, a criança acabou falecendo, levando-os a esconder o corpo. Em seguida, o casal contatou a Polícia Militar e fabricou a história do sequestro.
O delegado explicou que, após a confissão do homem, seguida pela confissão da mãe, os policiais trabalharam para verificar a coerência de suas declarações.
O menino de 7 anos, filho da mãe de Isabelle, estava presente em casa durante as agressões à menina, afirmou o delegado. A polícia ainda não pode confirmar se a criança testemunhou a irmã sendo agredida, mas ele deverá ser entrevistado pelos agentes posteriormente, na presença de um psicólogo.
O Ministério Público tomou as providências necessárias, e a criança foi entregue aos cuidados de seu pai.
Os nomes da mãe e do padrasto não foram revelados pela polícia.
Entenda o caso:
O corpo da menina, previamente considerada desaparecida, foi localizado em Santa Catarina. A mãe e o padrasto foram detidos e admitiram a autoria do crime na tarde de quarta-feira (6), após investigações policiais. A informação é da Polícia Civil de Santa Catarina.
Isabelle de Freitas teve o desaparecimento relatado à polícia de Indaial na segunda-feira (4). A mãe afirmou que a menina foi sequestrada e levada em um carro. Após ouvir 12 pessoas, os investigadores identificaram contradições nas narrativas da mãe e do padrasto da menina.
Ao admitir a culpa, o casal relatou que Isabelle morreu devido às agressões infligidas por eles. Ao notarem que ela havia perdido a vida, colocaram o corpo em uma mala e o sepultaram nas proximidades da BR-470.
As câmeras de vigilância da via da família registraram o instante em que eles transportam e retornam com a mala utilizada para transportar o corpo. Essas imagens também foram empregadas na apuração.
O padrasto da menina indicou às autoridades policiais o local onde o corpo foi abandonado. Além disso, a residência em que residem foi submetida a perícia, na qual foram descobertos vestígios de sangue.
Morreu de tanto apanhar e o corpo foi encontrado pela Polícia Civil Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, em publicação no X