Uma família em Goiânia alega negligência médica após o falecimento de sua filha, Kimberlly Hadassa Assunção, de 3 anos, que morreu na madrugada da última quinta-feira (7) depois de esperar aproximadamente 30 horas por uma vaga em um hospital público.
A criança apresentava sintomas de bronquiolite e não sobreviveu.
Segundo o pai, Kimberlly já havia sido atendida em outra unidade médica quatro dias antes. Marcos Antônio relata que a filha recebeu medicação e foi liberada para casa.
Eu presenciei minha filha falecer em meus braços. Fui retirado da sala e me disseram que estavam tentando reanimá-la. Ela foi entubada, colocada na ambulância e, ao chegar no outro hospital, me informaram que ela já estava morta, lamenta o pai.
Ele também menciona que no dia 5 de março, a filha teve dificuldade para respirar e sua pele ficou roxa. Nesse momento, ele procurou atendimento no Cais Urias Magalhães, local onde Kimberlly veio a falecer. O caso será investigado pela Polícia Civil.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) emitiu uma nota afirmando que está à disposição da família e destaca que, de acordo com o prontuário médico, a criança recebeu o suporte necessário no Ciams Urias Magalhães enquanto aguardava transferência para uma unidade de maior complexidade. A nota também informa que será aberto um processo administrativo para averiguar possíveis falhas no atendimento da rede municipal.
Nota da SMS de Goiânia:
“A Secretaria Municipal de Saúde expressa seu profundo pesar pelo ocorrido e se solidariza com os familiares.
Está em processo de coleta de todas as informações sobre o caso. Conforme o prontuário médico, a criança teve o suporte necessário no Ciams Urias Magalhães durante a espera por uma vaga em uma unidade de saúde mais especializada.
Enquanto estava no Cais, recebeu os medicamentos Ceftriaxona, um antibiótico semelhante à penicilina, o anti-inflamatório Hidrocortisona, o corticoide Dexametasona e dipirona.
Mesmo assim, será iniciado um processo administrativo para investigar se houve alguma falha no atendimento na rede municipal. Mais uma vez, a secretaria lamenta profundamente o ocorrido e está à disposição da família para quaisquer esclarecimentos”.