O médico Heleno Veggi Dumbá, de 35 anos, foi atingido por disparos e morreu na noite desta sexta-feira (29), durante um assalto no Jardim Elisa Maria, na Zona Norte de São Paulo.
Natural de Muriaé, cidade localizada no interior de Minas Gerais, o psiquiatra provinha de uma linhagem familiar de médicos e graduou-se em medicina pela Universidade de Iguaçu (UNIG), no Rio de Janeiro.
Ele recebeu bolsa do Prouni, o programa do Governo Federal de acesso ao ensino superior.
Na faculdade, Heleno estava envolvido na organização de festas universitárias.
Nas redes sociais, o médico exibia seu interesse por tatuagens.
Atualmente, Heleno estava trabalhando em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e em uma clínica particular em Caieiras, na Grande São Paulo.
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A família do jovem médico fez homenagens nas redes sociais:
“Meu filho foi morar com Deus”, declarou o pai.
A irmã Hamanda Veggi, também médica e trabalhando no interior de Minas Gerais, lamentou a perda do irmão:
Sua partida precoce foi fruto de uma sociedade egoísta, cruel e sem justiça afirmou.
“Te amo, como você diz: a eternidade é o nosso compromisso”, acrescentou.
“Golpe do amor”
Residentes do Jardim Elisa Maria informaram à polícia que, por volta das 21h40, testemunharam três homens tentando assaltar o médico, que estava dentro de um veículo.
Logo em seguida, ouviram os sons dos tiros. Os criminosos fugiram a pé em direção a uma praça onde estava acontecendo uma festa.
Os investigadores suspeitam que o psiquiatra tenha sido atraído para o local por meio de um encontro marcado em um aplicativo de relacionamento.
Aqui é uma região bastante utilizada pelos criminosos para atrair vítimas a pretexto de realizar encontros por meio de aplicativos de relacionamento, né? Então, acredito que a principal linha de investigação nesse momento preliminar vai nesse sentido disse o delegado César Bastos Queiroz.
A polícia está em busca de identificar e capturar os responsáveis.
Segundo o delegado, os criminosos teriam se assustado com o tiro e fugiram apenas com a chave do veículo.
A única coisa que a gente não conseguiu localizar foi a chave do veículo. Ela estava com a carteira, celular, todos os pertences. Uma mochila. A gente não conseguiu verificar nada que tenham levado, a não ser a chave do veículo.
O delegado reforça o alerta sobre a área e os chamados “golpes do amor”. O crime envolve o uso de identidades falsas para atrair pessoas, fazê-las se envolverem emocionalmente em um suposto relacionamento à distância e, depois, roubar ou lucrar com fraudes ou extorsões.
Aqui já é uma área escolhida pelos criminosos justamente por isso, por essa dificuldade da investigação. Vocês podem ver que não tem câmeras de monitoramento, tem bastante quantidade de árvores. À noite é bem escuro. Então, a gente tomou todas as providências possíveis naquele momento da localização do corpo, e vai ser instaurado um inquérito para saber por qual motivo ele estava aqui e quem foi que rendeu essa vítima e efetuou esse disparo nela.