Um homem foi detido nesta quarta-feira, 3, sob suspeita de envolvimento na morte do motorista de aplicativo Filipe Rodrigues, 24 anos, sua esposa Rayssa Santos, 23, e o filho do casal, Miguel Filipe, de 7 meses.
Outro suspeito está sendo procurado por sua suposta participação no crime, que ocorreu em 17 de março, em Niterói, Rio de Janeiro.
O crime aconteceu no bairro Baldeador, onde Filipe, Rayssa e Miguel foram assassinados a tiros dentro de um carro.
As investigações do caso foram conduzidas por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), que descobriram que dez dias antes dos assassinatos, Filipe fingiu ser um policial militar e ofereceu a Lucas Lopes da Silva, conhecido como Naíba, apontado como líder do tráfico de drogas da comunidade do Castro, em Niterói, informações sobre um suposto informante que teria prejudicado os criminosos.
![RJ: Polícia diz que homem foi morto com esposa e bebê após fingir ser PM para traficantes](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/04/2_homem_morto_esposa_bebe.jpg.webp)
A descoberta foi viabilizada através do trabalho de inteligência realizado pelos agentes, que analisaram imagens de câmeras de segurança e ouviram testemunhas.
Além disso, eles interceptaram trocas de mensagens no telefone de Filipe em que ele se comunicava com Naíba – que continua foragido – e outro traficante, Wesley Pires da Silva Sodré, detido nesta quarta-feira.
Nas conversas, o motorista de aplicativo teria combinado com Naíba o pagamento de R$ 50 mil pela informação. Filipe forneceu os dados e a localização do suposto informante e recebeu R$ 11 mil, concordando em receber o restante posteriormente.
No dia 15 de março, uma emboscada foi preparada e o suposto informante foi entregue aos traficantes.
Entretanto, de acordo com as investigações da Polícia Civil, os criminosos descobriram que Filipe não era policial militar e optaram por matá-lo. Segundo os investigadores, ele era o alvo dos autores do homicídio, que também resultou na morte da companheira e do filho do casal.
A investigação continua para esclarecer o desaparecimento do suposto informante entregue aos traficantes declarou a Polícia Civil do Rio de Janeiro ao Terra.